Emily Dickinson, a renomada poetisa norte-americana, parece ter cadeira
cativa neste blog. Afinal, há aqui bastantes postagens com poemas seus. E
claro, isso revela que, para além de seus méritos, há também, de nossa parte,
suficiente apreço por sua obra.
Por isso, seguimos em nossa idiossincrática seleção entre os seus mais
variados poemas. E desta feita, temos um sobre a revolução, no qual, ao se
apreciar a mensagem por trás de sua incontestável metáfora, fica por um fio a conexão
com estados políticos revolutos. Ou seja: a metáfora, num plano meramente
inteligível, quase se limita à realidade das idas e vindas das quatro estações
do ano.
J.A.R. – H.C.
Emily Dickinson
(1830-1886)
Revolution is
the Pod
Revolution is the Pod
Systems rattle from
When the Winds of Will are stirred
Excellent is Bloom
But except its Russet Base
Every Summer be
The Entomber of itself,
So of Liberty −
Left inactive on the Stalk
All its Purple fled
Revolution shakes It
for
Test if it be dead.
Washington entrando em Nova York
(25.11.1783)
(A. H. Ritchie:
pintor e gravador escocês)
A revolução é a semente
A revolução é a
semente
De onde saem os
sistemas.
Quando sopram os
ventos da vontade
Excelente é a flor.
Mas, exceto pelo cepo
áspero
Todo verão é
O coveiro de si
mesmo,
E da liberdade.
Abandonada no caule
Toda a sua púrpura
fugiu.
A revolução sacode-a
Para provar se está
morta.
Referências:
Em inglês:
DICKINSON, Emily. Revolution is the pod. In: __________. The complete poems of Emily Dickinson.
Edited by Thomas H. Johnson. Boston, MA: Little, Brown and Company, 1960. p. 490-491.
Em Português:
DICKINSON, Emily. A revolução é a
semente. In: JOHNSON, Thomas. Mistério e
solidão: a vida e a obra de Emily Dickinson. Tradução de Vera das Neves
Pedroso. 1. ed. Rio de Janeiro, RJ: Lidador, 1965. p. 31.
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