Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cérebro ou Coração?


Um primoroso livro de ensaios, O Sabor da Vida, do filósofo paulista Gilberto Kujawski, encanta pelas passagens cheias de erudição e de desconcertantes argumentos. Vejam o seguinte excerto, que põe-se em oposição aos que comumente expressamos sobre a fonte primeira da inteligência: cérebro ou coração ?

A inteligência pode servir-se do cálculo, mas não é cálculo. Consiste a inteligência, fundamentalmente, numa palpitação divinatória do coração, que é o centro da personalidade, com antenas para o mundo inteiro; palpitação a ser decodificada, organizada e verbalizada pelo cérebro, mas que, em si, nada tem de cerebral. Em suma, a inteligência tem a sua fonte no coração, ela é alimentada por raízes pré-intelectuais. Só o coração é clarividente, só ele sabe, vê e prevê. O cérebro não passa de seu humilde servo; ou humilhado, quando se rebela contra o coração. É isso, em definitivo, o que significa o famoso e tão citado pensamento de Pascal: “O coração tem razões que a razão desconhece”.

Fonte: KUJAWSKI, Gilberto de Mello. O sabor da vida. Brasília: Letraviva, 1999. p. 31.

(H.C./J.A.R.)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Túnel do Tempo

Diretamente do túnel do tempo, resgato a fotografia abaixo, tirada nas instalações de uma subestação da Eletronorte, em Belém, por volta de nov/83. Nela estão os colegas que se formaram em engenharia elétrica naquele ano, pela Universidade Federal do Pará.

Pergunto: onde estarei nesse click ?! Se nele estiver fisicamente, mentalmente poderia estar passeando por instâncias nunca dantes navegadas ...

(H.C./J.A.R.)



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Alegria Felina




RELAXADO E FELIZ


Gato que brincas na rua

Como se fosse na cama,

Invejo a sorte que é tua

Porque nem sorte se chama.


Bom servo das leis fatais

Que regem pedras e gentes,

Que tens instintos gerais

E sentes só o que sentes.


És feliz porque és assim,

Todo o nada que és é teu.

Eu vejo-me e estou sem mim,

Conheço-me e não sou eu.


(Fernando Pessoa)


H.C. - J.A.R.