Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O Flâneur - Um Passeio pelos Paradoxos de Paris (Edmund White)

WHITE, Edmund. O Flâneur: Um passeio pelos Paradoxos de Paris. Tradução de Reinaldo Moraes. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.



Talvez, falar de Paris, hoje, já seja meio redundante, ainda que muitas sejam as belezas da capital francesa. Mas nunca é demais procurar enxergar o mundo sob ópticas inusitadas, como se buscássemos elucidar a quadratura do círculo.

Com o conhecimento de quem "flanou" bastante por Paris, uma vez que lá viveu por mais de uma década, White perscruta o universo às margens do Sena, fazendo sobressair em sua prosa um perfil meio "outside" da cidade, como o atrelado à cultura "gay", da qual não se escusa em dizer que toma parte.

Como o aclamado autor de "Um Jovem Americano" e do mais recente "O Homem Casado" - a descrever, neste último, as agruras de um relacionamento homossexual que resulta em contaminação virótica pela Aids e, por via de consequência, na morte nada venturosa de um dos amantes, no distante Marrocos -, não se poderá duvidar da capacidade de o autor americano descrever com fidedignidade desde o histórico por vezes bizarro de suas figuras históricas, de reis a artistas, como Luís XIV e Colette, até a influência cultural da cidade que, em meados da primeira metade do século XX, encontrava-se em seu esplendor, persistindo, desde então, no ideário da humanidade ou, como se diz mais hodiernamente, em nosso inconsciente coletivo.

Obviamente que o livro se presta a uma viagem introdutória pelos renomados recantos do universo parisiense. Por isso, o próprio White não ousa subtrair as necessárias referências ao leitor, quando, ao final de seu opúsculo, menciona obras que são mais contundentes e definitivas em sua pretensão de bem retratar o paraíso idílico parisiense.

Refiro-me, por exemplo, "À Procura dos Tempos Perdidos", de Marcel Proust, trabalho que, em seus sete volumes, contempla todo o universo das mediações gaulesas, constando, por isso mesmo, entre as cem obras referenciais da literatura universal, em seleção de renomados autores em Oslo, a capital do Prêmio Nobel.

(JAR/HC)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Último Dia de Trabalho em 2009

Hoje é meu último dia de trabalho em 2009. E como dificilmente terei tempo para acessar a internet até o começo do próximo ano, deixo aqui o meu abraço fraterno para todo(a)s o(a)s internautas que navegaram por este blog.

Desejo um grande Natal para todo(a)s e um Ano Novo que seja merecedor do termo "Novo", no sentido de que "renovemos a face da terra". Obviamente, para melhor, pois sou da turma do bem !

Retorno ao batente no dia 7/1/2010.


Noções
(Cecília Meireles)

Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos.

Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.

Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge.

Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza, só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.

Virei-me sobre a minha própria existência, e contemplei-a.

Minha virtude era esta errância por mares contraditórios, e este abandono para além da felicidade e da beleza.

Ó meu Deus, isto é a minha alma: qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário, como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera ...

>>ooo-ooo<<

Deixo aqui um "link" que apresenta passagens de um terno filme de Frank Capra, a contemplar a magia do Natal: It's A Wonderful Life (A Felicidade Não se Compra), de 1946. Nenhum outro filme marcou minha juventude de modo mais indelével e inesquecível ...


(JAR/HC)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Ranking CBF do Futebol Nacional 2009

A CBF acabou de veicular, em seu "site", o ranking do futebol brasileiro ao final de 2009, o qual, como já dissemos na postagem imediatamente anterior, agrega pontuações da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, segundo os critérios ali declinados. O rol com os 20 (vinte) primeiros colocados é o seguinte:


Segregando-se os dados acima, pela composição de cada uma das competições mencionadas, tem-se:



Nota-se, de plano, que, para subir em tal ranking, é preferível você participar da Copa do Brasil que da Libertadores, tendo em conta que esta última não conta para ele. Mas como a presença em ambos os eventos diz respeito a possibilidades mutuamente excludentes, deixará de ganhar pontos quem tão-somente disputar o mais importante torneio sul-americano.

Conclusão: o ranking da CBF é tão absurdo, que obviamente não pode ser levado a sério. Vejam também por onde anda o Cruzeiro, tetracampeão da Copa do Brasil, no quadro acima. Afora outras "bolas fora", além das já apresentadas por este comentador na postagem anterior !

Por exemplo: você concorda, leitor, que o São Paulo, campeão brasileiro em 2006, e fora da disputa pela Copa do Brasil daquele ano por encontrar-se na Libertadores, tenha agregado 60 pontos ao supramencionado ranking da CBF, e o Vasco da Gama, vice-campeão da Copa do Brasil e 6º lugar no Brasileiro naquele mesmo ano, haja agregado 75 (20 + 55) pontos ?!

Sinceramente, nem a mais sã racionalidade matemática, nem o mais "apurado" espírito esotérico (rs) poderão me convencer de tamanha sandice!

Daí porque a coisa menos errada seria apresentar os rankings dos dois certames separadamente, como os dispomos aqui. O leitor-torcedor que conclua por si!

(JAR/HC)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ranking CBF para o Campeonato Brasileiro

I. Informações Importantes
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A CBF veicula, ao final de cada ano, o seu ranking, que é elaborado para o Futebol Brasileiro Nacional, a envolver apenas duas competições: o Campeonato Brasileiro, disputado desde 1971, e a Copa do Brasil, levada a efeito desde 1989.

Os critérios por ela adotados podem ser obtidos em seu "site" (http://www.cbf.com.br/ranking/criterios.pdf) e são os seguintes:



Muito já se falou sobre tais critérios: a principal objeção é que eles misturam competições cuja participação dos clubes não é uniforme nos dois certames, senão que penaliza quem não participa da Copa do Brasil, e que, de outro modo, por tomar parte em certames muito mais importantes - como a Copa Libertadores -, acaba, ao fim, ficando para trás. Tal é o caso do São Paulo, que em 2010 participará de sua 7ª (sétima) Libertadores consecutiva e, por estipulação da própria CBF (ou da Conmebol), não vem disputando a mencionada Copa do Brasil.

II. Rankings do Camp. Brasileiro (Atualizados ao Fim de 2009)
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A fim de contornar as limitações do ranking da CBF, apontadas no parágrafo precedente, implementamos a atualização do ranking apenas para o Campeonato Brasileiro, já a considerar o resultado do Brasileirão 2009, à luz do mesmo critério de pontuação adotado pela confederação pátria:




Tudo o mais constante e adotando apenas os campeonatos de pontos corridos, disputados entre 2003 e 2009, o mesmo ranking ficaria assim:



Finalmente, apresentamos abaixo um outro quadro, a conter o aproveitamento de todos os times que chegaram entre os quatro primeiros na Série A, ao longo dos referidos campeonatos de pontos corridos:



Coincidentemente ou não, observa-se uma certa ordem de classificação neste último quadro, pelo menos entre os primeiros colocados, mais perto daquela apresentada no primeiro quadro (Brasileirão 1971-2009), desta mesma seção II, do que no segundo (Brasileirão 2003-2009).

Alguém ousaria explicar o porquê ?

(JAR/HC)

Outra fonte consultada:
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/Brasileirao/Serie_A/0,,MUL918468-9827,00.html

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Beleza Pungente da Música de Chopin: Mozart como Contraponto

Chopin, o grande compositor e pianista polônes, pode não ter sido o inventor do noturno - proeza associada ao nome do irlandês John Field -, mas conferiu a essa forma de composição tanta expressividade, que basta escutar apenas um deles para perceber o quanto a modulação meio melancólica das melodias são impressivas o suficiente, de modo a atingir o emocional dos ouvintes, sem quaisquer pieguices. Um dos noturnos que mais admiro é este: Noturno em E menor (Op. 72, nº 1).

Observa-se em Chopin uma forma intimista e quase inusitada de tocar ao piano, muito distinta da de outros grandes compositores. Mozart, por exemplo, compôs miríades de sonatas, além de quase três dezenas de concertos para esse instrumento. Entretanto, há muito mais rendilhado nas obras do austríaco, excesso que parece haver sido moderado em seus últimos trabalhos.


(Mozart à esquerda - Chopin à direita)

Sabe-se que Mozart tornou-se maçon, motivo por que muitos analistas veem a sua ópera "A Flauta Mágica" como um manancial de referências à Ordem. Com efeito, sem pretender defender tese, mas deduzindo apenas pela audição de muitas de suas composições, ousaria afirmar que as obras, coincidentemente ou não, posteriores ao seu ingresso na Maçonaria parecem mais sóbrias (ou seria apenas o reflexo de um autor em plena maturidade, sem as redundâncias juvenis ?).

Deixo aqui um outro "link", para os leitores apreciarem a abertura da ópera "Don Giovanni" - a "Ópera das Óperas" -, sob a regência do incensado maestro Hebert von Karajan:


(JAR/HC)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Brasileirão 2009 - Considerações Finais

I. INFORMAÇÕES GERAIS
Findo mais um Campeonato Brasileiro de futebol profissional, com o Flamengo do Rio de Janeiro sagrando-se campeão - diga-se extraoficialmente "hexacampeão" para alguns, oficialmente "pentacampeão" para outros, neste último caso em atenção à decisão judicial transitada em julgado relativamente ao título de 1987, atribuído ao Sport-PE -, sumariamos, a seguir, alguns pontos que julgamos importantes:
(i) o campeão Flamengo não foi nem o time com o melhor ataque (Grêmio - 1º - 67 gols / Flamengo - 6º - 58 gols), nem o de melhor defesa (São Paulo - 1º - 42 gols / Flamengo - 2º - 44 gols);
(ii) Grêmio e Internacional apuraram o melhor saldo de gols, ou seja, 21, sendo que o Colorado terminou em 2º e o Tricolor em 8º;
(iii) Flamengo e Internacional obtiveram o maior número de vitórias, 19 ao todo;
(iv) Flamengo e São Paulo foram os times com menor número de derrotas, 9 ao todo;
(v) o Flamengo tornou-se o campeão com o menor aproveitamento na época dos pontos corridos, vale dizer, 58,77%.;
(vi) considerando as dez últimas rodadas, o Flamengo teve o melhor aproveitamento, com 8 vitórias, 1 empate e 1 derrota (25 pontos), seguido pelo Fluminense, que nesse mesmo período permaneceu invicto, com 7 vitórias e 3 empates (24 pontos);
(vii) o Cruzeiro foi o melhor visitante, com 56,14% de aproveitamento (32 pontos), enquanto o Grêmio foi o de melhor desempenho em casa, com 82,46% (47 pontos); e
(viii) Palmeiras e Internacional apresentaram o melhor aproveitamento no turno, com 64,91% (37 pontos), enquanto Flamengo e Cruzeiro sobressaíram no returno, com 70,18% (40 pontos).

II. VALE A PENA TER UMA BOA ESTRUTURA
O quadro apresentado abaixo sintetiza o rol de todos os times que ficaram entre o 1º e o 4º lugares, ao longo de todos os campeonatos brasileiros, desde 1971 até 2009:



Por meio dele se observa um dado importante: São Paulo e Internacional, reconhecidamente os clubes com melhores estruturas do futebol brasileiro, posicionam-se, respectivamente, em primeiro e segundo lugares, seguidos por outros times que, de mesmo modo, também possuem estruturas consistentes, embora não comparáveis, num primeiro plano, às daqueles.
Consigne-se, por exemplo, que o São Paulo, em 2010, participará de sua 7ª Copa Libertadores consecutiva, fato inédito na história dos grandes clubes pátrios. Tal fato não poderia ser também atribuível à sua estrutura ?
Apresentando-se os mesmos dados anteriores, dispostos agora pelas Unidades da Federação, o que resulta é o seguinte:



Ou seja: uma supremacia dos times do Estado de São Paulo, com números totais que quase alçam ao dobro dos do Rio de Janeiro, os deste mais próximos dos do Rio Grande Sul e de Minas Gerais.

III. PELA MANUNTENÇÃO DA FORMA DE PONTOS CORRIDOS
Por fim, propugnamos pela manutenção da atual forma de pontos corridos para o Campeonato Brasileiro, pois ela reforça a necessidade de que os clubes se estruturem melhor, uma vez que se trata de certame longo e difícil, a exigir mais do que simples preparação circunstancial como as requeridas para torneios, como a Copa do Brasil, esta sim uma disputa que pode bem permanecer como está.
Muito já se disse que a forma de pontos corridos leva a um trânsito interminável de "malas" voando sobre o território do país, mas ponderemos que há uma falácia incontornável nos argumentos de que quem defende o contrário, senão vejamos: (1) para se fazer que um terceiro vença adversários diretos contra quem se luta, há de se abrir a denominada "mala branca" capaz de favorecer uma equipe inteira, coisa que, convenhamos, não é tão fácil assim, ainda mais com a estrutura deficitária de muitos dos clubes que participam do torneio; (2) de modo similar, caso se queira que o time contendor "amoleça" o jogo, a "mala negra" há de corromper alguns jogadores, como o o goleiro ou alguns zagueiros; (3) entretanto, se a regra é o mata-mata, basta se corromper apenas um partícipe do jogo, nada menos que o árbitro ! E então, pergunta-se, o que seria menos difícil ou oneroso e, portanto, mais fácil de ser levado avante: corromper um, corromper alguns ou estimular muitos ?
Alguns poderiam argumentar que os clubes com mais recursos disponíveis poderiam lançar mão das malas, com certa frequência, para favorecer-lhes no sistema de pontos corridos, em detrimento dos demais, os quais ficariam limitados em suas pretensões, em razão da escassez de seus recursos. Ora, ora: o negócio então seria "democratizar" a desfaçatez, com o sistema de mata-mata, estando praticamente todos ao alcance de manipular o resultado pela "compra" de um certo senhor juiz ! E então às favas o comportamento ético no esporte !
Claro está que não defendo, em absoluto, que tais fatos devam acontecer naturalmente, como se fosse um "produto" a ser obtido num mercado concorrencial de "demanda x oferta". Mas, de fato, a história de nosso futebol é farta de exemplos a demonstrar que "forças ocultas" - não digo "esotéricas" (rs) ! - sempre estiveram à ronda pela defesa dos interesses de quem ousou nelas apostar !
Para se pensar ...
Um grande abraço.
(JAR/HC)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Sonho de um Sonho - A Máquina do Mundo

Reproduzo, aqui, parte do poema "Sonho de um Sonho", do poeta Carlos Drummond de Andrade, no qual o itabirano, negando o sonho, por distinto da realidade, busca contornar o quadro de pesadelo que se observa nesta última:
 SONHO DE UM SONHO
(...)
"Sonhava, ai de mim, sonhando
que não sonhara ...
Mas via
na treva em frente a meu sonho,
nas paredes degradadas,
na fumaça, na impostura,
no riso mau, na inclemência,
na fúria contra os tranqüilos,
na estreita clausura física,
no desamor à verdade,
na ausência de todo o amor,
eu via, ai de mim, sentia
que o sonho era sonho, e falso".

 

Indubitavelmente o autor incita seus pares a zelar pelos valores positivos da clemência e da verdade, verdade essa que, ao sobejar em problemático conteúdo, leva-o a parafraseá-la: 

 A MÁQUINA DO MUNDO
(...) 
"O que procuraste em ti ou fora de
 teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
 olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
 essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
 se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste ... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo".

Que belas passagens, não ?! 100% poesia ! O que pensa você sobre elas ?
(JAR/HC)

Mensagem de Final de Ano: 2009-2010

Prezado(a)s Internautas,
Passado mais um ano em nossas vidas, o de 2009, não se há de dizer que foi totalmente descartável: algumas vitórias foram conseguidas pelo Brasil no cenário internacional.
No plano esportivo, nosso país sediará dois dos maiores eventos do mundo, vale dizer, a Copa da Fifa, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, num intervalo de apenas dois anos entre eles, circunstância que, salvo engano, apenas os EUA enfrentaram (Copa em 1994 e Olimpíadas em 1996).
Serão investimentos portentosos que podem catapultar definitivamente o país ao primeiro mundo, se bem implementados. Contudo, se carreados por interesses politiqueiros, a um aumento desmesurado da tributação certamente sobrevirá grave reicidiva nos gastos públicos, com o comprometimento da saúde da economia.
Nem só de vitórias, entretanto, o ano será lembrado ! O imbróglio diplomático em que o país se meteu, com a deposição do presidente Zelaya em Honduras e a sua "estadia" indesejada na embaixada brasileira em Tegucigalpa, configura um quadro de desajuste em nossas relações com países vizinhos que, antes que seja tarde, haverá de ser revisto.
Iternamente, mais uma vez a classe política brasileira deixou transparecer uma crise ética que perdura quase à eternidade. Novos casos de corrupção - dentre os quais sobressaem os escândalos envolvendo o atual governador do Distrito Federal, Arruda - evidenciam que necessitamos urgentemente revisitar as casas da justiça, da honestidade, da hombridade e do respeito mútuo ! E isso tanto mais em razão de permanecermos com uma distribuição de renda iníqua, com milhões de pessoas ainda abaixo do nível de pobreza ou de subsistência mínimo, fato que confere contornos ainda mais condenáveis ao desvio ilícito de verbas públicas.
Aguardemos os próximos anos: eles serão marcados pelas decisões que tomaremos já em 2010, ano de eleições em todo o país, oportunidade para escolhermos melhor nossos representantes à presidência e ao parlamento.


Um grande Natal e um Ano Novo venturoso para todos nós.
E que o Eterno nos conceda o dom de continuarmos vivos, para vermos o que virá !
Um grande abraço para todo(a)s.
(JAR/HC)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tangos Repatriados de Paris a Buenos Aires

Desde que assisti, ainda nos anos 80, ao premiado filme "Tangos, o exílio de Gardel", de Fernando Solanas - o qual foi rodado, em grande parte, em Paris, a narrar a inglória história dos argentinos que partiram durante os duros anos da ditadura militar -, que passei a admirar o tango.
Não há quem deixe de ficar encantado com a sua misteriosa força, seja pela teatralidade gestual dos pares, seja pelo explícito vínculo de sensualidade e incontrastável dramaticidade a emanar de um aparente duelo entre vida e morte. Tudo muito genuinamente portenho, em meio ao cenário parisiense de Buenos Aires, uma soberba cidade.
Aliás, Buenos Aires é, a meu ver, a mais bela cidade sulamericana construída pelo homem. Digo isso mesmo correndo o risco de me chamarem "eurocêntrico" ou, por ser brasileiro, não pensar, alternativamente, no Rio de Janeiro, que, para mim, tem apenas o porte natural a contornar a bela silhueta ao sul, onde as praias demarcam o melhor que a "city" pode oferecer.
Mas Buenos Aires, não ! Seus prédios mais antigos exibem uma história que imagino de muita glória e poder na primeira metade do Séc. XX, glória que, aos poucos, a cidade vem retomando, por intermédio das inúmeras intervenções urbanas que a prefeitura está a promover desde o começo dos anos 90.
Estarei equivocado ?
(JAR-HC)



SI SUPIERAS
Lyrics: Enrique Maroni & Pascual Contursi

Si supieras,
que aun dentro de mi alma,
conservo aquel cariño
que tuve para ti...
Quien sabe si supieras
que nunca te he olvidado,
volviendo a tu pasado
te acordaras de mi...

Los amigos ya no vienen
ni siquiera a visitarme,
nadie quiere consolarme
en mi afliccion...
Desde el dia que te fuiste
siento angustias en mi pecho,
deci, percanta, que has hecho
de mi pobre corazon?

Sin embargo,
yo siempre te recuerdo
con el cariño santo
que tuve para ti.
Y estas en todas partes
pedazo de mi vida,
y aquellos ojos que fueron mi alegria
los busco por todas partes
y no los puedo hallar.

Al cotorro abandonado
ya ni el sol de la mañana
asoma por la ventana
como cuando estabas vos,
y aquel perrito compañero
que por tu ausencia no comia,
al verme solo el otro dia
tambien me dejo.