Para os que pretendem trocar um PHD por
um ex-militar expulso das forças armadas, que passou quase 30 (trinta) anos
falando asneiras na Câmara de Deputados – aliás, como as muitas mentiras que a
sua campanha tem propalado até aqui, enganando pessoas incautas, muitas delas humildes e de poucos recursos,
que com ele nada têm a ganhar –, transcrevo abaixo ótimas razões para
esquecê-lo e trocá-lo no próximo domingo para que possamos manter em pé a nossa
democracia já tão assediada com os eventos políticos ocorridos nos últimos três
anos.
J.A.R. – H.C.
01. Bolsonaro declarou que vai prender ou
expulsar do país quem fizer oposição ao seu governo. Chegou a anunciar que fará
o candidato adversário – Fernando Haddad – “apodrecer na cadeia”. Também disse que,
se for presidente, tratará os movimentos sociais que lutam por terra e moradia
como grupos terroristas.
02. Apoiou abertamente a volta da ditadura
militar, a tortura e o assassinato de opositores. São suas estas declarações
“Eu sou favorável à tortura, tu sabe (sic) disso”, e “o erro da ditadura foi
torturar e não matar” – como se assassinatos políticos não tivessem acontecido
naquele período.
03. Silenciou quando seu filho, detentor
de mandato parlamentar, disse há dois meses num vídeo que basta “um soldado e
um cabo” para fechar o STF, caso o tribunal imponha alguma restrição à vitória
do pai.
04. Aproveitou-se de centenas de milhões
de mensagens via whatsapp com fake news e ataques difamatórios contra os
adversários, em serviço ilegal pago por empresários que o apoiam.
05. Acumulou uma longa lista de atos de
machismo e afronta às mulheres, ao manifestar-se a favor de salários maiores
para os homens (“porque as mulheres engravidam”), votando contra os direitos
trabalhistas às empregadas domésticas e, no momento mais chocante de sua
agressividade chula, dizendo a uma parlamentar: “não te estupro porque você não
merece”.
06. Defendeu a esterilização forçada das
mulheres pobres, para que não tenham mais filhos.
07. Adotou uma retórica preconceituosa
contra pobres, nordestinos e brasileiros que precisam de apoio do Estado – para
ele, gente protegida pelo “coitadismo”.
08. Xingou os eleitores que não votam
nele, acusando-os de ir às urnas com “título de eleitor na mão e diploma de
burro no bolso”.
09. Estimulou, com sua intolerância, uma
parte de seus seguidores e cometer todo o tipo de violência contra homens,
mulheres, idosos, negros e LGBTs. Muita gente tem sido agredida e há mortes
registradas, como Moá do Catendê, em Salvador, e o garçom de um bar, em Porto
Alegre.
10. Foi condenado por racismo ao afirmar,
em palestra, que conheceu “um quilombola que pesava sete arrobas e que não
serve nem para procriar”.
11. Tornou-se, na prática, uma
continuidade de Temer, o presidente mais impopular da história, embora engane o
eleitor se dizendo o candidato contra o sistema.
12. O discurso dele é um convite ao
conflito permanente dentro da sociedade brasileira, que se verá afastada de um
convívio civilizado, com respeito às diferenças, já que será o embate do “nós”
contra todos os que não pensem como “eles”, num sectarismo que somente quem
conhece o fascismo poderá valorar melhor.
13. O que dirá uma pessoa sensata sobre o
poder de interlocução de um candidato que não se dispôs a debater propostas com
o seu adversário – certamente porque não as tem, em absoluto, dado o vazio que
preenche a sua massa cefálica –, simplesmente agredindo de forma gratuita as
pessoas que apresentam pontos de vista que, felizmente, não se parecem com os
seus, sempre a revelar absoluta pobreza de espírito!
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