Um poeta – no caso, o espanhol Carriedo – descreve poeticamente a arte
de um pintor russo – Malevitch –, um dos maiores representantes do denominado “Suprematismo”,
arte abstracionista centrada em figuras geométricas básicas, em especial o
círculo e o quadrado.
Segundo Carriedo, a pintura de Malevitch, em sua moldura, é condensação
feito sereno, som e silêncio em suas manifestações tácteis, arrazoado verbal
que transita pelo intelecto para se fazer compreender os seus propósitos.
J.A.R. – H.C.
Gabino-Alejandro Carriedo
(1923-1981)
Blanco sobre Blanco
(Lección poética de Malevitch)
Depositada en su
lecho exacto
la pintura es ritmo,
concierto;
armonia, que es
equilibrio,
o concreción, que es
lo sereno.
La pintura es doble
cuadrado
sobre sí mismo,
superpuesto,
doble frontera de la
síntesis,
definición de lo
geométrico.
Síntesis táctil del
sonido,
la pintura es también
silencio:
aquel de la
naturaleza
que palpita en el
arte auténtico.
O de aquella
naturaleza
más cierta que había
en los versos
del poeta Vicente
Huidobro
que llevaba lo cierto
dentro.
La pintura suprematista
de Malevitch es cal y
yeso.
Arquitectura popular
pasada por el
intelecto.
En: “Los lados del cubo” (1973)
En: “Los lados del cubo” (1973)
No Branco II
(Kazimir Malevitch:
pintor russo)
Branco sobre Branco
(Lição poética de Malevitch)
Depositada em seu
leito exato
a pintura é ritmo,
concerto;
harmonia, que é
equilíbrio,
ou concreção, que é o
sereno.
A pintura é duplo
quadrado
sobre si mesmo, superposto,
dupla fronteira da
síntese,
definição do
geométrico.
Síntese táctil do
som,
a pintura também é
silêncio:
aquele da natureza
a palpitar na arte
autêntica.
Ou daquela natureza
mais certa que havia
nos versos
do poeta Vicente
Huidobro
que dentro levava o
certo.
A pintura
suprematista
de Malevitch é cal e
gesso.
Arquitetura popular
passada pelo
intelecto.
Em: “Os lados do cubo” (1973)
Em: “Os lados do cubo” (1973)
Referência:
CARRIEDO, Gabino-Alejandro. Blanco
sobre blanco. In: Poesía. Edición y
notas de Concha Carriedo y Antonio Piedra. Prólogo de Fanny Rubio. Valladolid,
ES: Fundación Jorge Guillén, 2006. p. 461.
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