Martin Heiddeger
Filósofo Alemão
(1889-1976)
Em reflexão sobre a dicopodia que, pós GM-II, colocava em oposição URSS
e USA, o filósofo alemão Martin Heidegger não vislumbrava, sob o ponto
de vista metafísico, qualquer diferença entre essas nações: “[...] em ambas
encontramos a desolada fúria da técnica desenfreada e da excessiva organização
do homem normal” (HEIDEGGER, 2001, p. 42). E então ele se explica de um modo mais nítido:
Quando se houver
conquistado tecnicamente e explorado economicamente até o último rincão do
planeta; quando qualquer acontecimento em qualquer lugar haja se tornado
acessível com a rapidez que se deseje; quando se possa “assistir”
simultaneamente a um atentado contra um rei da França e a um concerto sinfônico
em Tóquio; quando o tempo já somente equivalha à velocidade, instantaneidade e
simultaneidade e o tempo enquanto história haja desaparecido de qualquer ex-sistência [1] de todos
os povos; quando se tenha um pugilista como o grande homem de um povo; quando se
tenham por um triunfo as cifras de milhões em assembleias populares... então, todavia então, como um fantasma que se projeta mais além de todas essas
quimeras, se estenderá a pergunta: para quê? até onde? e logo quê? (HEIDEGGER,
2001, p. 42-43)
J.A.R. – H.C.
Metaphysics
(Casey Kotas - Chicago, IL)
Nota:
[1]. Este termo é empregado por
Heidegger para designar o modo de ser único e próprio do homem, um modo de ser
capaz de dar conta do seu próprio ser, numa relação com os outros, por meio da
qual, por conseguinte, se constrói e se compreende.
Referência:
HEIDEGGER, Martin. Introducción a la
metafísica. Traducción de Angela Ackermann Pilári. 4. reimpressión. Barcelona:
Gedisa, 2001.
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