Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

sábado, 18 de maio de 2024

Bruno Arámburu - Baseadinho Filosófico

Elencando uma dúzia de filósofos – e os verbos ou ações que se lhes associam –, Bruno compõe um poema com propósitos notoriamente hilários, a começar pelo título, no qual se destaca a palavra “baseadinho”, vale dizer, um cigarro de maconha que teria sido aceso por Sócrates, lá pelos primórdios da Filosofia, na Grécia antiga, e que, sequencialmente, passou de mão em mão, até os presentes dias.

 

Com efeito, é como se toda a leva de grandes “pensadores” – melhor usar esse vocábulo, pois Agostinho e, talvez com ressalvas, Comte associam-se com mais frequência à Teologia e à Sociologia, respectivamente – necessitassem de um estímulo extra para alcançarem os mais diferentes – e, por vezes, desconcertantes – ‘insights’ sobre a condição humana, suas possibilidades, seus limites.

 

J.A.R. – H.C.

 

Bruno Arámburu

(n. 1983)

 

Baseadinho Filosófico

 

Sócrates acendeu

Platão tragou

Aristóteles deu um doisinho

Agostinho, e o gostinho?

Descartes logo pensou

Hume experimentou

Comte classificou

Kant criticou

Hegel curtiu

Marx socializou

E Schopenhauer fez um bolo

Que Nietzsche comeu!

 

O jantar dos filósofos

(Jean Huber: pintor suíço)

 

Referência:

 

ARÁMBURU, Bruno. Baseadinho filosófico. In: MARTINS, Gonçalo (Seleção); FACCHINI, Mayara (Organização). Antologia paulista de poesia contemporânea: além da terra, além do céu. 1. ed. Lisboa, PT: Chiado Editora, out. 2015. p. 39.

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