Com a proximidade das festas de fim de ano, Natal e Ano Novo, faço uma
breve inflexão temática nos poemas do momento, para adequá-los à temporada. E principio
com um poeta cristão, daqueles que levam a vida a cumprir as diretrizes dos
Evangelhos.
Berry censura a prática tão hoje em voga de se mesclar a atividade
comercial, levada ao paroxismo durante a temporada de Natal, com a observância
das práticas espirituais que a celebração subentende (ou deveria subentender!):
sua árvore de Natal retorna à forma original dos pioneiros – como os seus
ancestrais –, que celebravam a vinda de Cristo de uma forma – como diríamos?...
– mais sóbria.
J.A.R. – H.C.
(n. 1934)
Our Christmas Tree
Our Christmas tree is
not electrified, is
not
covered with little
lights
calling attention to
themselves
(we have had enough
of little
lights calling
attention
to themselves). Our tree
is a cedar cut here,
one
of the fragrances of
our place,
hung with painted
cones
and paper stars
folded
long ago to praise
our tree,
Christ come into the
world.
(Marcel Rieder:
pintor francês)
Nossa Árvore de Natal
Nossa árvore de Natal
não é eletrificada,
não é
coberta de pequenas
luzes
chamando a atenção
sobre si mesmas
(já tivemos
suficientes pequenas
luzes chamando a
atenção
sobre si mesmas).
Nossa árvore
é um talho de cedro
daqui, uma
das fragrâncias de
nosso lugar,
adornado com cones pintados
e estrelas de papel
dobradas
há muito tempo a exaltar nossa árvore,
Cristo presente no
mundo.
Referência:
BERRY, Wendell. Our christmas tree. In:
HOLLANDER, John; McCLATCHY, J. D. (Sel. & Ed.). Christmas poems. New York, NY: Alfred A. Knopf, 1999. p. 104.
(‘Everyman’s Library: Pocket Poets’)
Nenhum comentário:
Postar um comentário