Num passeio poético pela cidade do Rio de Janeiro, Geir estaciona, neste
ponto, na hoje denominada Praça Tiradentes, antes Campo da Lampadosa – onde
Tiradentes foi morto –, Campo do Pelourinho, Rossio Pequeno, além de, embora
não se faça menção, Praça da Constituição.
Em seu centro acha-se um monumento concebido pelo francês Louis Rochet
(1813-1878), vale dizer, um belíssimo conjunto escultórico com a imagem de Dom
Pedro I sobre o cavalo, num pedestal rodeado por figuras de indígenas, com
alegorias às grandes bacias hidrográficas do país, além dos brasões das então
vinte províncias imperiais.
É a esse monumento que o poeta alude em seu poema, a par de ainda
mencionar outra praça famosa, não muito distante da primeira – a Praça Onze –,
antigo Rossio Pequeno, célebre por ser um centro histórico onde costumam se
reunir grande parte dos foliões do carnaval carioca.
J.A.R. – H.C.
Geir Campos
(1924-1999)
Praça Tiradentes
largo do rossio
grande
por ser grande o seu
caminho
ou só largo do rossio
foi campo da
lampadosa
e campo do pelourinho
ali morreu tiradentes
por querer livre a
nação
mas de outro é o
monumento
que nela empina o seu
bronze
largo do rossio
grande
contra o rossio
pequeno
que depois foi praça
onze
Praça Tiradentes
(Virgílio Dias:
pintor carioca)
Referência:
CAMPOS, Geir. Praça Tiradentes. In:
__________. cantos do rio: roteiro
lírico do rio de janeiro. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira; Instituto
Municipal de Arte e Cultura (Rio Arte), 1982. p. 73. (‘Poesia Hoje’; v. 60)
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