Este aforismo do Tao-Te King parece dirigir-se, diretamente, ao
presidente (sic) de Pindorama, que não tem mais a que se dispor fazer – e
parece que o Brasil, com os seus quase 14 (quatorze) milhões de desempregados,
não entra na rota de suas preocupações –, do que açular a matilha de suas redes
sociais para propor prisão a quem, fazendo a sua parte como jornalista, expõe
as mazelas de um sistema judicial e ministerial arbitrário e apodrecido, que, em última
instância, lhe franqueou a vitória nas últimas eleições.
O Brasil se desperdiçou como nação, e sob a batuta desse
radical e de seu ministério desvairado, põe-se a desfazer-se de toda a
autonomia perante o mundo, retornando ao quadro de subserviência política e
econômica da qual se propunha afastar-se, rumo ao seu pleno desenvolvimento
sustentável – proposta essa que, agora, ameaça-se ainda mais com a
disponibilização da Amazônia aos interesses norte-americanos!
J.A.R. – H.C.
Lao-Tzu
(~601 a.C. – 531
a.C.)
LVIII
Quando o governante é
tranquilo e discreto,
O povo é leal e
honesto.
Quando o governante é
perspicaz e rude,
O povo é desleal e
não confiável.
É sobre a
infelicidade que repousa a felicidade;
a infelicidade
espreita a felicidade.
Quem, no entanto,
reconhece que o bem supremo
consiste na
inexistência de ordens?
A ordem transforma-se
em caprichos
e o bem se converte
em superstição
e os dias de cegueira
do povo
duram realmente muito
tempo.
Assim também o Sábio:
serve de modelo sem
castrar os outros,
é escrupuloso sem
ferir,
é natural sem ser
arbitrário
e brilha sem ofuscar.
Dominação Mundial no Século XXI
(Gheorghe Virtosu:
pintor romeno)
Referência:
LAO-TZU. XXXVI. Tradução de Margit
Martincic. In: __________. Tao-Te King: texto e comentário de Richard Wilhelm.
Tradução de Margit Martincic. São Paulo, SP: Pensamento, 2006. p. 97.
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