Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

domingo, 19 de maio de 2019

Jimmie Cox - Ninguém Te Conhece Quando Estás Arruinado

Cox nos fala das falsas amizades que temos, ou melhor, daquelas que só permanecem ao nosso lado para usufruir alguma coisa que derive de nossas posses, pela temporada que, no alto, perdurar a espiral de afluxo de riqueza e bens em nosso favor. Passada essa fase, você permanecerá sozinho, até pôr-se novamente de pé – quando, então, todos quererão ser o velho amigo que esteve sumido por muito tempo!

De fato, este poema é uma letra para uma composição tantas vezes gravada e regravada, desde que o seu autor a lançou em 1923. No vídeo abaixo, pode-se ver o cantor e compositor inglês Eric Clapton interpretando-a, com pequenas variações no conteúdo da letra da canção.


J.A.R. – H.C.

Jimmie Cox
(1882-1925)

Nobody Knows You When You’re Down and Out

Once I lived my life as a millionaire
Spending my money and I didn’t care
Taking my friends out for a mighty fine time
Drinking high-priced liquor, champagne, and wine
When I began to fall low
I didn’t have a friend and no place to go
If I ever get my hands on a dollar again
I’m gonna hold it till the eagle grins

Nobody knows you
When you’re down and out
In your pocket, not one penny
And your friends, you haven’t any
But as soon as you get on your feet again
Everybody wants to be your long lost friend
It’s might strange, without a doubt
Nobody knows you when you’re down and out

Arruinado depois de 1898
(László Mednyánszky: pintor húngaro)

Ninguém Te Conhece Quando Estás Arruinado

Uma vez gozei a vida como um milionário,
Gastando meu dinheiro sem dar-lhe importância,
Levando meus amigos a passar por muito bons momentos,
Bebendo licor, champanhe e vinho caros.
Logo comecei a cair ao nível mais baixo,
Não tinha nenhum amigo, nem lugar aonde ir.
Se alguma vez voltar a ter um dólar em minhas mãos,
Vou mantê-lo até que a águia (*) exiba o seu sorriso.

Ninguém te conhece
Quando estás arruinado.
Em teu bolso nenhum centavo,
De teus amigos, nenhum te resta;
Porém assim que voltares a te levantar,
Todo mundo quererá ser teu amigo sumido
há bastante tempo.
É deveras estranho, sem dúvida:
Ninguém te conhece quando estás arruinado.

Nota:

(*). Faz-se referência à águia presente no papel-moeda do dólar, do que se deduz que a expressão queira dizer, mais ou menos, “até que a sorte volte a sorrir para mim”.

Referência:

COX, Jimmie. Nobody knows you when you’re down and out. In: KEILLOR, Garrison (Selector and Introducer). Good poems. New York, NY: Penguin Books, 2003. p. 262.

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