Há quem, como o poeta húngaro Gyula Juhász, teça encômios ao trabalho e,
no caso, mesmo às tarefas realizadas em fábricas, a exemplo das que povoam a
imaginação do autor, lá pelas primeiras décadas do século XX, quando então,
decerto, não respondiam por critérios de segurança e salubridade.
Há quem, no outro pólo, faça elogios ao ócio, como o grande filósofo galês
Bertrand Russell, em “Praise of Idleness” (“O Elogio ao Ócio”, 1935), ou ainda,
mais recentemente, o cientista social Domenico De Masi, em “L’Ozio Creativo” (“O
Ócio Criativo”, 2000). Filio-me incondicionalmente à segunda corrente! (rs).
J.A.R. – H.C.
Juhász Gyula il lavoro
(1883-1937)
A munka
Én őt dicsérem
csak, az élet anyját,
Kitől jövendő győzelmünk ered,
A munkát dalolom, ki a szabadság
Útjára visz gyász és
romok felett.
A gyárkémény harsogja diadalmát
A gyárkémény harsogja diadalmát
S a zengő sínen kattogó vonat.
A béke ő, a haladás, igazság,
Mely leigázza a
villámokat.
Nagy városokban, végtelen mezőkön
Nagy városokban, végtelen mezőkön
A dala zeng és zúgni
fog örökkön,
Míg minden bálvány porba omol itt.
Én őt dicsérem csak, az élet anyját,
Én őt dicsérem csak, az élet anyját,
Kinek nővére Szépség és Szabadság
S kinek világa most
hajnalodik.
Fábrica perto de Pontoise
(Camile Pissaro:
pintor francês)
O trabalho
Apenas a ele exalto, o progenitor da vida,
De quem dimana a nossa
futura vitória,
Canto o trabalho, em
cuja trilha a liberdade
Orienta-se acima do
lamento e da ruína.
As chaminés da
fábrica rugem em triunfo
E o trem ronca sobre
os sonantes trilhos.
Sua é a paz, o
progresso, a justiça,
Que a tudo domina com
o seu clarão.
Nas grandes cidades,
em campos infindos
Ressoa a sua música,
e para sempre ressoará,
Até que os ídolos
colapsem e caiam por terra.
Apenas a ele exalto, o progenitor da vida,
De quem a Liberdade e
a Beleza são irmãs
E cujo mundo está
agora a despontar.
Referência:
GYULA, Juhász. A munka (Én őt dicsérem...). In: __________. Juhász Gyula: válogatott versek.
Budapest, HU: Kossuth Kiadó, 2008. o. 232. (“Klasszikus Magyar Líra Sorozat”, k.
13)
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