Mais uma homenagem de Varela a um grande escritor da literatura mundial,
depois da que anteriormente postamos, referente a Borges. Agora,
Eliot, o excepcional autor anglo-americano, literato de vasta e complexa obra.
O poema, pronunciadamente descritivo, alude a facetas da personalidade
aristocrática do escritor, detentor, como se diz, de ampla erudição – aliás,
como Borges! –, haurida, certamente, dos estudos literários e filosóficos sob
orientação de ilustres mestres, com destaque para George Santayana.
J.A.R. – H.C.
(1888-1965)
Eliot
Tus perdidos días
han dibujado tu
silueta aristocrática
y un aire británico
en los arrabales
de una cantina a
media luz.
En tu mirada aún vive
una tímida complacencia
que se advierte a
través
de tus gafas
empañadas.
Eres la prestancia
de un caballero
olvidado
y te expones a la
emulación
constante de tus
pares.
Has creado
como una filigrana la
poesía
y te pertence la
noche
como un enigma
constante.
El té há congregado
a dos damas
asombradas
ante tu erudicción.
Tu sombra
aún se adivina
perdida
entre la niebla.
(Autoria Não Identificada)
Eliot
Teus perdidos dias
desenharam tua
silhueta aristocrática
e um ar britânico nos
arredores
de uma cantina à
meia-luz.
Em teu olhar ainda
vive
uma tímida
complacência
que se anuncia
através
dos óculos embaçados.
És a prestância
de um cavaleiro
esquecido
e te expões à
emulação
constante dos pares.
Criaste
a poesia como uma
filigrana
e a noite te pertence
como um constante
enigma.
O chá congregou
duas damas
assombradas
ante tua erudição.
Tua sombra
ainda se advinha
perdida
em meio à névoa.
Referência:
VARELA, Carlos María. Eliot. In: ABRACE.
Entresiglos II: selección de poesía
de autores contemporáneos. Montevideo: Bianchi; Brasília: Pilar, 2002. p. 307.
(Colleción ‘Señales de Vida’)
❁
Nenhum comentário:
Postar um comentário