Ainda que Byron não a explicite nas palavras do poema em epígrafe, a
conotação sexual que paira em seu contexto parece óbvia, pois não há símbolo
mais contundente para representar a relação amorosa do que a noite!
E o autor postula por uma pausa nessas relações, haja vista que, em tudo
quanto se repete com frequência bastante, acaba-se por se exaurir a centelha que
deu partida à sede de convivência íntima dos amantes.
J.A.R. – H.C.
(1788-1824)
(Retrato de Richar Westall)
So we’ll go no
more a-roving
1
So we’ll go no more a-roving
So we’ll go no more a-roving
So late into the night,
Though the heart be still as loving,
And the moon be still as bright.
2
For the sword outwears its sheath,
And the soul wears out the breast,
And the heart must pause to breathe,
And Love itself have rest.
3
Though the night was made for loving,
And the day returns too soon,
Yet we’ll go no more a-roving
By the light of the moon.
(Edward Wolverton:
pintor norte-americano)
Assim, não mais vaguearemos
1
Assim, não mais
vaguearemos
Na noite já tão
avançada,
Ainda que o coração persista
no amor
E a lua mantenha o
mesmo brilho.
2
Pois desgasta-se a
bainha da espada,
E a alma consome-se
no peito,
Tal que o coração há
de deter-se para respirar
E o próprio amor
usufruir de um repouso.
3
Ainda que a noite tenha
sido feita para amar,
E os dias retornem
tão prontamente,
Mesmo assim não mais
vaguearemos
Sob a luz da lua.
Referência:
BYRON, Lord George Gordon. So we’ll go no more a-roving. In: FERGUSON,
Margaret; SALTER, Mary Jo; STALLWORTHY, Jon (Eds.). The norton anthology of poetry. 5. ed. New York, NY; London, EN: W.
W. Norton & Company, 2005. p. 836.
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