Extraído da obra “Responsibilities” (“Responsabilidades”), de 1914,
recheada de criações satíricas, o poema “The Realists” (“Os Realistas”), do
irlandês W. B. Yeats, carrega bem essa marca.
No poema, o poeta desdenha das obras de imaginação fantástica, ao mesmo
tempo que responde aos que o acusam de ser quimérico ou fabulador. Afinal, se,
de fato, algo se pretende realista, não há motivo para mergulhos em devaneios e
fantasias que, a bem dizer, ficariam melhor entre os românticos.
J.A.R. – H.C.
William Butler Yeats
(1865-1939)
The Realists
Hope that you may understand!
What can books of men that wive
In a dragon-guarded land,
Paintings of the dolphin-drawn
Sea-nymphs in their pearly wagons
Do, but awake a hope to live
That had gone
With the dragons?
Ninfa Marinha e Tritão sobre um Delfim
(Peter Anton von
Verschaffelt: artista flamengo)
Os Realistas
Espero que sejas
capaz de compreender!
O que podem fazer os
livros dos homens que se casam
Numa terra protegida
por dragões,
Pinturas de delfins a
propelir
Ninfas marinhas em
suas carroças peroladas,
Senão despertar uma promessa
de vida
Que havia partido
Com os dragões?
Referência:
YEATS, W. B. The realists. In: __________. The collected poems of W. B. Yeats. Revised 2nd edition. Edited by
Richard J. Finneran. New York, NY: Collier Books – MacMillan Publishing Company,
1989. p. 120.
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