Cheguei há pouco do
Estádio Mané Garrincha, onde assisti ao jogo França 2 x 0 Nigéria, uma vitória merecida da seleção francesa,
ainda que não tenha chegado a apresentar um brilho que a coloque, indiscutivelmente,
como uma das pretendentes maiores ao título. Obviamente que, pela lógica – ou
seria pela falta de lógica? – do futebol, isso não significa que não possa vir
a ser a campeã! Mas ainda tenho a Holanda
como franco-favorita, apesar do aperto por que passou ontem para vencer,
por 2 x 1, da aguerrida equipe do México.
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Quanto à seleção da Nigéria, tal como as outras seleções
africanas, à exceção da Argélia –
pelo enorme esforço apresentado na partida contra a Grécia – parecia não
pretender alguma coisa a mais na Copa. Além disso, suspeito que, pela relativa
fragilidade ofensiva por ela apresentada, a Argentina deva mesmo ter algum
problema defensivo, já que levou dois gols de um ataque que, de fato, se
evidencia pouco eficaz.
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Em tempo: a Alemanha acabou de vencer a Argélia, também por placar apertado, 2 x 1 – e na prorrogação! Enfrentará a
França na próxima fase, numa partidas das quartas de final, no estádio do
Maracanã. Por outro lado, a julgar pelos adversários mais fracos que enfrentarão, é quase
certo que Argentina e Holanda farão uma das semifinais – a de
São Paulo. Afinal, a Holanda, nas quartas, enfrentará a Costa Rica. E a Argentina,
passando pela Suíça – como julgo que passará facilmente amanhã –, enfrentará o
vencedor de Bélgica e EUA, a quem, qualquer que seja ele, deverá também
superar.
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Quanto à outra
semifinal, poderá dar qualquer coisa entre as quatro seleções ora nomeadas: Colômbia e Brasil, de um lado, França e Alemanha, de outro. Estas duas
últimas, pelo futebol que apresentaram no primeiro tempo de suas partidas de
hoje, colocaram-me um ponto de interrogação na cabeça. Seja como for, não apostaria
que o vencedor da Copa venha a sair desse lado. Vejamos...
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No que concerne ao
jogo da próxima sexta-feira, entre Brasil e
Colômbia, ouvi um comentário do ex-jogador
Júnior, no sentido de que, ao enfrentar a Colômbia, muito possivelmente o
futebol do time brasileiro se encaixaria melhor, porque a seleção andina joga e
deixa jogar. Muito bem: perguntaria eu, ao ex-craque do Flamengo, se o Chile, em
algum momento, chegou a fazer marcação por pressão ou homem a homem contra o
time brasileiro, ou terá sido mesmo a inoperância do meio de campo da seleção
que levou o time a “sofrer” com o toque
de bola chileno?
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Fato é que nenhum time
se sustenta sem meio de campo! Além do mais, o elenco só conta com um jogador
criativo, o Neymar, porque outros que poderiam ajudá-lo, como o Oscar, vêm
exibindo enorme oscilação no futebol jogado. Ademais, eis aqui mais um erro de
convocação do Felipão, que repete o
equívoco perpetrado por Dunga em
2010: deveria ter convocado, notoriamente, um dos três jogadores a saber,
Ronaldinho, Kaká ou Ganso, para tentar variar o jogo em situações mais penosas.
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Assim como está, não
há alternativas, pois, mesmo entre os titulares, há jogadores que não têm a
menor condição técnica de compor os quadros da Canarinho – Hulk é um exemplo notório! Imagine-se o que há de ser o banco de
reservas! Nesse contexto, que o Felipão conte muito com a sorte – tal como no
jogo contra o Chile –, porque o problema maior, mesmo, é que o futebol nacional
passa por um momento de entressafra, com poucos jogadores de singular capacidade
técnica!
J.A.R. – H.C.
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