Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Copa do Mundo: Colômbia 2 x 1 Costa do Marfim

Ontem, 19 de junho de 2014, foi um dia soberanamente amarelo em Brasília. E não exatamente porque o Brasil jogou. Mas porque a Colômbia jogou e venceu bem a seleção de futebol da Costa do Marfim por 2 x 1.

Estive no Estádio Nacional Mané Garrincha, e pude presenciar todo o estímulo que os milhares de torcedores do país vizinho levaram à sua seleção, inclusive no belo momento em que o hino foi tocado e emocionadamente cantado!

Havia tantos torcedores colombianos em Brasília – penso que até mais do que equatorianos na semana anterior –, que o Correio Brasiliense estampou em sua manchete: “A capital da Colômbia é aqui!”: nada de Bogotá! (rs). Vejam abaixo:

Capa do Correio Brasiliense
(19/6/14)

E houve mais méritos na vitória porque o time da Costa do Marfim a valorizou: em determinados momentos, em especial depois que marcou o seu gol, a seleção africana chegou a ameaçar o êxito da Colômbia. Mas julgo que o resultado final não pode ser considerado injusto.

E para homenagear a grande torcida colombiana, deixo aqui um poema de seu conterrâneo poeta Francisco Antonio Balcázar: Minha Bandeira.

Um abraço fraternal aos coirmãos latino-americanos.

J.A.R. – H.C.

Mi Bandera
(Francisco Antonio Balcázar)

No alcanza el hombre, ni consigue el arte,
ni nobles cantos a mi ardor esquivos,
a proclamar en dísticos altivos
la gloria tricolor de mi estandarte.

Él es alma, es emblema y baluarte;
reinó siempre entre libres y cautivos,
así en la paz de tiempos fugitivos
como en el campo asolador de Marte.

Con él quisiera conquistar la altura
mientras corra la sangre en la llanura;
y aunque la muerte mi fazaña aguarde,

clavarlo arriba con impulso fiero,
saludar la victoria con mi acero
y así morir al declinar la tarde.

  
Minha Bandeira
(Francisco Antonio Balcázar)

Não alcança o homem, nem consegue a arte,
nem nobres cantos ao meu ardor esquivos,
proclamar em dísticos altivos
a glória tricolor do meu estandarte.

Ele é alma, é emblema e baluarte;
reinou sempre entre livres e cativos,
assim na paz de tempos fugitivos
como no campo assolador de Marte.

Com ele eu quisera conquistar a altura
enquanto corra o sangue na planura;
e ainda que a morte minha sentença aguarde,

fixá-lo acima com impulso galhardo,
saudar a vitória com meu dardo
e assim morrer ao declinar a tarde.

Referência:

BALCÁZAR, Francisco Antonio. Mi bandera. In: ORY, Eduardo de (ed.). Parnaso colombiano: selección de poesías de los líricos contemporáneos. Edición facsimilar de la impresión de 1914. Santafé de Bogotá: Instituto Caro y Cuervo, 1994. p. 52. (Série ‘La Granada Entreabierta’, 72)

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