Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Curtas & Rápidas: 25 de Junho de 2014

Ainda em complemento às observações de ontem sobre o jogo Brasil 4 x 1 Camarões, faço um comentário mais detido em relação ao jogador Ramires: parece-me que o ex-cruzeirense joga apenas com os pés, sem raciocínio a circular pela cabeça. Já próximo ao final da partida em apreço, quando o placar estava 4 x 1, ele deu um tranco inadjetivável, no setor esquerdo de ataque brasileiro, num defensor de Camarões. Uma coisa absurda, pelos números do jogo e o avançado do cotejo. Confesso que torci para que o juiz lhe desse um amarelo, para ele ficar de fora do próximo embate do Brasil e para ver se tem a capacidade de aprender com a história. Afinal, foi nesse mesmo padrão que, em 2010, ele tomou um segundo amarelo contra o Chile, lá pelos 30 do segundo tempo, numa jogada pela direita, um pouco além do meio de campo brasileiro, quando o placar exibia 3 x 0 – e, por isso, não jogou a partida subsequente contra a Holanda, na qual a seleção foi eliminada.
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Como se vê, trata-se de um jogador perigoso para o treinador: na partida contra o México, todos os observadores notaram que o jogador a substituir seria o Paulinho. Contudo, o Felipão optou por trocá-lo, pois já havia pegado um amarelo e poderia ser expulso. Conclusão: uma substituição não por motivos técnicos, mas por razão bem diversa, que não corrigiu a ineficiência do meio de campo da seleção. O que fazer então com o Ramires? Pelo que vejo, não há solução no domínio do futebol. Afinal, tratar um jogador que, há muito, se mostra desnecessariamente agressivo em campo – quem não se lembra da cotovelada dele no rosto do Verón, na primeira partida das finais da Libertadores de 2009? –, não é tarefa de treinador de futebol, mas de psicólogo!
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Com a derrota da Itália, por 1 x 0, para o Uruguay, já são cinco as seleções europeias matematicamente eliminadas da Copa do Mundo ainda na fase de grupos: Espanha, Inglaterra, Itália, Croácia e Bósnia-Herzegovina. E na “boquinha da garrafa” (rs) ainda estão Portugal e Rússia, que podem elevar a sete esse contingente. Ou seja: sete de treze (53,8%) seleções, se considerarmos a Rússia integralmente na Europa.
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Não obstante, depois de haver presenciado todas as grandes seleções em campo, reputo a Holanda como a mais favorita das favoritas para levar o título. Um futebol sólido e envolvente. Vejamos se o México será capaz de enfrentá-la de igual para igual: será, obviamente, uma partida dura para ambos, pois a seleção mexicana já mostrou a que veio. Venderá excessivamente caro qualquer derrota para quem quer que seja. Com um esquema seguro que povoa excessivamente o meio de campo, muito provavelmente não se lançará a esmo no ataque, oferecendo o contra-ataque à Holanda. Será, penso eu, um jogo de poucos gols e a ser definido nos detalhes.

Ramires em Ação

J.A.R. – H.C.
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