Alpes Literários

Alpes Literários

Subtítulo

UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

terça-feira, 24 de junho de 2014

Curtas & Rápidas: 24 de Junho de 2014

O jogo de ontem entre Brasil 4 x 1 Camarões, pela terceira rodada da Copa do Mundo, evidenciou, com mais nitidez, a má fase do meia Paulinho, que não atuou bem em nenhuma das três partidas da seleção nacional. Substituído por Fernandinho, deu azar, pois este se mostrou bem mais efetivo, marcando, inclusive, o quarto gol do Brasil e quinto do cotejo. Conclusão: ou melhora ou sai definitivamente do time. Fosse eu o treinador, já o teria sacado.
Ä
Outro problema grave do time é a deficiência patente dos dois laterais em marcar bem os adversários; afinal, os laterais são, primeiramente, defensores, e só subsidiariamente apoiadores. Com efeito, a deficiência de ambos, Daniel Alves e Marcelo, compromete o miolo da zaga, que se vê, com frequência, exposto ao embate direto com os atacantes. Para ilustrar: os dois gols tomados pelo Brasil, até aqui, saíram ambos pela direita, onde o lateral Daniel Alves revela toda a sua incapacidade para marcar bem. Ontem, do modo como ele retornou para o segundo tempo, muito provavelmente levou “uma chamada geral” do técnico Felipão, com o que se mostrou mais concentrado no seu primeiro ofício. Para jogos mais sérios, doravante, talvez fosse melhor se pensar em substituí-lo por Maicon, mais marcador.
Ä
A revista Veja, há décadas um reduto contrário ao Partido dos Trabalhadores, abusa em sua renhida luta contra a própria lógica dos fatos, como que a julgar os leitores incapazes de validar o discurso ante o que se vê na realidade. Esta é a manchete de capa desta semana (25.6.14): “Só Alegria Até Agora – Um festival de gols nos gramados, menos pessimismo nas pesquisas, mais consumo, visitantes em festa e o melhor é aproveitar, pois legado duradouro, esqueça”. Tal é o tom com que a parte mais conservadora (um adjetivo eufemístico, é claro!) da imprensa, meses atrás, tentou desconstruir o evento, em busca de angariar explícitos dividendos políticos. Como não o conseguiu, projeta inflexões futuras no mínimo duvidosas. Pergunte-se à grande massa de torcedores corintianos se o legado do Itaquerão não veio para ficar! O mesmo se poderá dizer da Arena da Baixada, do Beira-Rio e das outras nove praças que tiveram seus estádios construídos ou reconstruídos para a Copa. E mais: o que se dirá das reformas dos aeroportos do país? O de Brasília não ficou nada a dever aos melhores aeroportos do mundo. Os turistas vão mesmo levar isso consigo? Menos, Veja, menos...
Ä
Uma última rapidinha para rir um bocado: ainda há pouco, um colega veio até mim, dando-me a certeza de que o Brasil será mesmo hexacampeão de futebol. Disse-me ele que nenhuma seleção, exceto a Canarinho, possui três super-heróis em seus quadros: temos o Hulk, o Super-Homem – claro, o Neymar Jr. – e o Homem Invisível – nada menos que o Fred! Informei-lhe que o Paulinho seria mais merecedor da metáfora do Homem Invisível: não se vê o futebol do rapaz! Parece que desaprendeu lá pelas terras inglesas.


Os Nossos Super-Heróis

J.A.R. – H.C.
÷ø

Nenhum comentário:

Postar um comentário