O jogo de ontem entre
Brasil 4 x 1 Camarões, pela terceira
rodada da Copa do Mundo, evidenciou, com mais nitidez, a má fase do meia
Paulinho, que não atuou bem em nenhuma das três partidas da seleção nacional. Substituído
por Fernandinho, deu azar, pois este se mostrou bem mais efetivo, marcando,
inclusive, o quarto gol do Brasil e quinto do cotejo. Conclusão: ou melhora ou
sai definitivamente do time. Fosse eu o treinador, já o teria sacado.
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Outro problema grave
do time é a deficiência patente dos dois laterais em marcar bem os adversários;
afinal, os laterais são, primeiramente, defensores, e só subsidiariamente
apoiadores. Com efeito, a deficiência de ambos, Daniel Alves e Marcelo,
compromete o miolo da zaga, que se vê, com frequência, exposto ao embate direto
com os atacantes. Para ilustrar: os dois gols tomados pelo Brasil, até aqui,
saíram ambos pela direita, onde o lateral Daniel Alves revela toda a sua
incapacidade para marcar bem. Ontem, do modo como ele retornou para o segundo tempo,
muito provavelmente levou “uma chamada geral” do técnico Felipão, com o que se
mostrou mais concentrado no seu primeiro ofício. Para jogos mais sérios,
doravante, talvez fosse melhor se pensar em substituí-lo por Maicon, mais marcador.
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A revista Veja, há décadas um reduto contrário ao
Partido dos Trabalhadores, abusa em sua renhida luta contra a própria lógica
dos fatos, como que a julgar os leitores incapazes de validar o discurso ante o
que se vê na realidade. Esta é a manchete de capa desta semana (25.6.14): “Só
Alegria Até Agora – Um festival de gols nos gramados, menos pessimismo nas
pesquisas, mais consumo, visitantes em festa e o melhor é aproveitar, pois
legado duradouro, esqueça”. Tal é o tom com que a parte mais conservadora (um
adjetivo eufemístico, é claro!) da imprensa, meses atrás, tentou desconstruir o
evento, em busca de angariar explícitos dividendos políticos. Como não o
conseguiu, projeta inflexões futuras no mínimo duvidosas. Pergunte-se à grande
massa de torcedores corintianos se o legado do Itaquerão não veio para ficar! O
mesmo se poderá dizer da Arena da Baixada, do Beira-Rio e das outras nove
praças que tiveram seus estádios construídos ou reconstruídos para a Copa. E
mais: o que se dirá das reformas dos aeroportos do país? O de Brasília não ficou nada a dever aos melhores aeroportos do mundo. Os turistas vão mesmo
levar isso consigo? Menos, Veja, menos...
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Uma última rapidinha para rir
um bocado: ainda há pouco, um colega veio até mim, dando-me a certeza de que o
Brasil será mesmo hexacampeão de futebol. Disse-me ele que nenhuma seleção, exceto a
Canarinho, possui três super-heróis em seus quadros: temos o Hulk, o Super-Homem
– claro, o Neymar Jr. – e o Homem Invisível – nada menos que o Fred! Informei-lhe
que o Paulinho seria mais merecedor da metáfora do Homem Invisível: não se vê o
futebol do rapaz! Parece que desaprendeu lá pelas terras inglesas.
Os Nossos Super-Heróis
J.A.R. – H.C.
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