Um poema tão belo quanto uma árvore, o autor pondera jamais conceber. Afinal, tantas são as graças de que este mundo é pleno: em meio ao verão, os galhos e folhas das árvores se tornam mais frementes; durante o inverno, as suas funções orgânicas entram em hibernação. Tudo de acordo com o “plano” definido pelo Criador às estações do ano.
Mas tenho aqui uma inflexão: o que se haveria de dizer acerca do comportamento do governo federal de Pindorama, no que tange à preservação da flora da Amazônia e do Centro-Oeste?!
A todos os que desejam lançar mão dos contratempos provocados pela Covid-19 para fazer “passar uma boiada” no Congresso Nacional, vale dizer, arrasar quaisquer regulamentos de preservação ambiental – como o Sr. Ministro do Meio Ambiente (sic) −, somente se há de desejar que sejam defenestrados inapelavelmente do poder!
J.A.R. – H.C.
Trees
I think that I shall
never see
A poem Iovely as a
tree,
A tree whose hungry
mouth is prest
Against the earth’s
sweet flowing breast;
A tree that looks at
God ali day
And lifts her leafy
arms to pray;
A tree that may in
summer wear
A nest of robins in
her hair;
Upon whose bosom snow
has laín;
Who intimately lives
with rain.
Poems are made by
fools like me,
But only God can make
a tree.
Árvores
Sei que nunca verei
um poema mais belo e ardente,
Do que uma árvore;
uma árvore que encerra
Uma boca faminta,
aberta eternamente
Ao hálito sutil e
flutuante da terra.
Voltada para Deus
todo o dia, ela esquece
Os braços a pender de
folhas, numa prece.
Uma árvore, que ao
vir do estio morno, esconde
Um ninho de sabiás
nos cabelos da fronde.
A neve põe sobre ela
o seu níveo diadema
E a chuva vive na
mais doce intimidade
Do tronco, a se
embalar nos galhos seus;
Qualquer néscio como
eu sabe fazer um poema.
Mas quem pode fazer
uma árvore? − Só Deus.
Referência:
KILMER, Joyce. Trees / Árvores.
Tradução de Olegário Mariano. In: MARQUES, Oswaldino (Organização e Prólogo). O
livro de ouro da poesia dos Estados Unidos: coletânea dos poemas
norte-americanos. Edição bilíngue. Rio de Janeiro, RJ: Ediouro &
Tecnoprint, 1987. Em inglês: p. 154; em português: p. 155. (Coleção
‘Universidade de Bolso’)
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