Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Robert Louis Stevenson - Cidade de Blocos

Um poema que serve para provocar a mente com aquele ar de fantasia que sempre aparece nas criações de Stevenson, como em “O Médico e o Monstro”, “A Ilha do Tesouro” ou “O Morgado de Ballantrae”: quem conserva o espírito de infante – como este que vos escreve (rs)! –, poderá apreciar deveras a capacidade do autor em conceber e arquitetar outras tantas realidades!

 

Castelos, palácios, torres, moinhos, escadarias, reis, rainhas e um enorme séquito, num ambiente do medievo – muita imaginação na mente dessa criança! Também pudera: o poema foi extraído de um livro dedicado aos guris, nomeadamente “A Child’s Garden of Verses” (“O jardim poético da infância”), de 1885.

 

J.A.R. – H.C.

 

Robert Louis Stevenson

(1850-1894)

 

Block City

 

What are you able to build with your blocks?

Castles and palaces, temples and docks.

Rain may keep raining, and others go roam,

But I can be happy and building at home.

 

Let the sofa be mountains, the carpet be sea,

There I’ll establish a city for me:

A kirk and a mill and a palace beside,

And a harbor as well where my vessels may ride.

 

Great is the palace with pillar and wall,

A sort of a tower on top of it all,

And steps coming down in an orderly way

To where my toy vessels lie safe in the bay.

 

This one is sailing and that one is moored:

Hark to the song of the sailors on board!

And see on the steps of my palace, the kings

Coming and going with presents and things!

 

A viagem do elefante

(Nicoletta Ceccoli: pintora samarinesa)

 

Cidade de Blocos

 

O que podes construir com teus blocos?

Castelos e palácios, templos e estaleiros.

A chuva continua a cair, outros a flanar,

Mas posso arquitetar e ser feliz em casa.


Que o sofá vire colina e o carpete mar,

Lá hei de fundar uma cidade para mim:

Com sé, moinho e um palácio ao lado,

Além de cais para fundear meus barcos.

 

Amplo é o palácio com pilar e muralha,

Uma espécie de torre por cima de tudo,

E degraus a descer de maneira ordenada

Até a baía que acomoda os fictícios ubás.

 

Este está navegando e aquele ancorado:

Escuta a cantinela dos marujos a bordo!

E observa nas escadas do palácio, os reis

A ir e vir com prendas e outros objetos!

 

Referência:


STEVENSON, Robert Louis. Block city. In: PINSKY, Robert; DIETZ, Maggie (Coords.). American’s favorite poems: 
the favorite poem project anthology. New York, NY: W. W. Norton, 2000. p. 259.

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