Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

sábado, 24 de junho de 2017

Lucas Viriato - a ascensorista

Viriato, jovem poeta carioca, parodia o famoso poema de Manuel Bandeira, “Teresa”, que veio à luz em “Libertinagem”, de 1930, que, por sua vez, já fazia gracejo ao poema “O ‘Adeus’ de Teresa”, de Castro Alves (“Espumas Flutuantes”, 1870).

Se Teresa, de fato, trabalha como ascensorista, é bom que se diga, labuta em uma profissão em extinção. E se Viriato não a viu pela terceira vez, ou bem ela já havia se retirado do serviço ou bem o andar em que o poeta se encontrava não era muito elevado e, então, resolveu ele descer pela escada. Ou nada disso terá de fato ocorrido: tudo não passaria de uma pilhéria, o que é o mais provável! (rs)

J.A.R. – H.C.

Lucas Viriato
(n. 1984)

a ascensorista

a primeira vez que vi teresa
foi hoje pela manhã quando
desci de elevador

quando vi teresa de novo
foi hoje pela tarde quando
subi de elevador

da terceira vez não vi mais nada
desci de escada

Operadora de Elevador Ruiva
(Gilette Elvgren: pintora norte-americana)

Referência:

VIRIATO, Lucas. a ascensorista. In: CALCANHOTO, Adriana (Org.). É agora como nunca: antologia incompleta da poesia contemporânea brasileira. 1. ed. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2017. p. 35.

2 comentários:

  1. Gostei do post e da análise humorada, J.A.R.! Abraços, Lucas

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  2. Caro Lucas: Muito obrigado pelo comentário. E dê continuidade ao seu trabalho, com muito humor, também, para que possamos apreciá-lo em nosso quotidiano. Um abraço. João A. Rodrigues

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