Nesta célebre fábula, Emerson procura veicular a ideia de que todos
somos importantes nas missões a que cada um de nós incumbe. Seja um simples
esquilo, em sua tarefa aparentemente simplória de quebrar nozes, seja a
poderosa montanha que é capaz de carregar uma floresta inteira em suas
encostas.
A mensagem muita se assemelha à da canção dos anos 80, “O Sal da Terra”, do compositor Beto Guedes:
“Vamos precisar de todo mundo / um mais um é sempre mais que dois / Para melhor
juntar as nossas forças / É só repartir melhor o pão”.
J.A.R. – H.C.
Ralph Waldo Emerson
(1803-1882)
Fable
The mountain and the squirrel
Had a quarrel,
And the former called the latter “Little Prig”,
Bun replied,
“You are doubtless very big;
But all sorts of things and weather
Must be taken in together.
To make up a year
And a sphere.
And I think it no disgrace
To occupy my place.
If I’m not so large as you,
You are not so small as I,
And no half so spry.
I’ll not deny you make
A very pretty squirrel track;
Talents differ; all is well and wisely put;
If I cannot carry forests on my back,
Neither can you crack a nut”.
Lanche Vespertino II - Esquilo Vermelho
(Rebecca Latham:
pintora norte-americana)
Fábula
A montanha e o
esquilo
Tiveram uma querela,
E aquela a este
chamou “Pequeno Insolente”,
Ao que o esquilo
replicou,
“Você é
indubitavelmente muito grande;
Mas o tempo e todas as
classes de coisas
Devem ser conjugados
Para se completar um
ano
E um corpo celeste.
E penso que não seja
nenhuma desventura
Ocupar o meu lugar.
Se não sou tão grande
quanto você,
Você não é tão
pequena quanto eu,
E nem pela metade tão
ativa.
Não negarei que sua
encosta
É uma formosa trilha
para esquilos.
Os talentos diferem; tudo
está bem e cuidadosamente disposto;
Se eu não posso
carregar florestas em minhas costas,
Tampouco pode você
quebrar nozes”.
Referência:
EMERSON, Ralph Waldo. Fable - The mountain and the squirrel. In: MAGALHÃES
JÚNIOR, Eduardo. Tickling the muses:
anthology of american poetry. Maceió, AL: Edufal - Editora da
Universidade Federal de Alagoas, 1989. p. 22.
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