Para não passar o dia sem um poema que lembre esta época de final de
ano, resgatamos um breve carme do poeta norte-americano Robert Frost, cujo
título, “Dust of Snow” (“Poeira de Neve”), lembra muito mais os rigorosos
invernos que, por agora, assolam o hemisfério norte do planeta.
Afinal, aqui por estas paragens, sob um céu azul, límpido e tropical, se
houver ventanias, certamente serão de outra natureza, como prenúncio de alguma
precipitação de chuva, algo ainda esparsas.
J.A.R. – H.C.
Robert Frost
(1874-1963)
Dust of Snow
The way a crow
Shook down on me
The dust of snow
From a hemlock tree
Has given my heart
A change of mood
And saved some part
Of a day I had rued.
Paisagem de Inverno - Efeito da Neve
(Paul Gauguin: pintor
francês)
Poeira de Neve
Da árvore da cicuta
Ao voar, de leve,
Um corvo atirou-me
A poeira da neve
Fez no meu coração
Uma grande mudança
Salvou um dia triste
Sem qualquer
esperança.
Referência:
Em Inglês
FROST, Robert. Dust of snow. In: __________. Complete poems of Robert Frost. Seventeenth Printing. New York, NY:
Holt, Rinehart and Winston, 1964. p. 270.
Em Português
FROST, Robert. Poeira de neve. In: __________. Poemas escolhidos de Robert Frost. Tradução de Marisa Murray. Rio de Janeiro:
Lidador, 1969. p. 65.
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