O poeta aspira pela descoberta de novas terras, inalcançáveis à mirada
humana, uma vez que todos os horizontes terrestres já foram investigados pela
curiosidade de seus pares.
Tal é a missão de todos nós no amanhecer de cada dia: explorar novas
terras, novos mundos, para que a vida não transcorra tediosamente, para que os inéditos
campos de investigação nos removam de nossa zona de conforto. Para a saúde de
nossos neurônios! (rs)
J.A.R. – H.C.
Archibald MacLeish
(1892-1982)
Voyage West
There was a time for discoveries −
For the headlands looming above in the
First light and the surf and the
Crying of gulls: for the curve of the
Coast north into
secrecy.
That time is past.
The last lands have been peopled.
The oceans are known now.
Señora: once the maps have all been made
A man were better dead than find new continents.
A man would better never have been born
Than find upon the open ocean flowers
Drifted from islands where there are no islands,
Or midnight, out of sight of any land,
Smell on the altering air the odor of rosemary.
No fortune passes that misfortune −
To lift along the evening of the sky,
Certain as sun and sea, a new-found land
Steep from an ocean where no landfall can be.
Viagem Inaugural do “The Mo’okiha O Pi’ilani”
(Loren Adams: pintor
norte-americano)
Viagem ao Oeste
Houve um tempo de
descobertas −
Para os promontórios
que assomam além da
Primeira luz, a
ressaca do mar e o
Pio das gaivotas:
para a curva da
Costa norte em segredo.
Passado é esse tempo.
As últimas terras
foram povoadas.
Os oceanos são agora
conhecidos.
Señora: uma vez que todos os
mapas têm sido elaborados
Um homem estaria
melhor morto do que à procura de novos continentes.
Seria preferível que
um homem jamais houvesse nascido
A encontrar flores
sobre o oceano aberto
Distanciadas de ilhas
onde não existem ilhas,
Ou à meia-noite, sem
qualquer terra à vista,
Cheiro no ar a
alterar o olor do alecrim.
Nenhuma ventura
supera esse infortúnio –
Erguer-se acima da
noite celeste,
Certa como o sol e o
mar, uma recém-descoberta terra,
Escarpada a partir de
um oceano de onde seja impossível avistá-la.
Referência:
MACLEISH, Archibald. Voyage west. In: NOSTRAND, Albert D. Van; WATTS II,
Charles H. (Eds.). The conscious voice:
an anthology of american poetry from seventeenth century to the present. New
York, NY: The Liberal Arts Press, 1959. p. 410-411.
❁
Nenhum comentário:
Postar um comentário