Neste famoso poema, que de início não possuía título – “Invictus” foi
aposto por Arthur Quiller-Couch, por volta de 1900, quando o incluiu na seleta “The
Oxford Book of English Verse” –, o poeta inglês quase que reprisa uma das ideias
constantes no poema da postagem anterior: a da resiliência que é necessário ter,
para suportar as circunstâncias adversas da vida e, mesmo assim, alcançar a
felicidade.
Ser o dono do seu próprio destino, o capitão de sua própria alma: uma
tarefa para poucos. Afinal, a grande maioria se deixa levar pelos imprevistos,
sem deter o leme que possa dar rumo preciso aos seus intentos.
J.A.R. – H.C.
William Ernest Henley
(1849-1903)
Invictus
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find me, unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Poder da Mente
(Svetoslav Stoyanov:
artista búlgaro)
Invictus
Do fundo da noite que
me envolve,
Negra como o Inferno
dum polo ao outro,
Eu agradeço aos
deuses, não importa quais,
Pela minha alma
inconquistável.
Dominado pelas
circunstâncias,
Não me rebelei nem me
insurgi.
Sob os golpes do
destino
Minha cabeça está
ensanguentada, mas não pendida.
Além deste vale de
cóleras e lágrimas,
Cresce de forma
nítida o horror das sombras,
E, no entanto, a
ameaça dos anos,
Agora e sempre, me
encontrou sem temor.
Não importa que
estreito seja o portão,
Como cheio de
castigos e pergaminho,
Eu sou o dono do meu
destino:
Eu sou o comandante
da minha alma.
Referências:
Em Inglês
HENLEY, William Ernest. Invictus. In: UNTERMEYER, Louis (Ed.). Modern american poetry and Modern british
poetry. Combined Mid-Century Edition. New York, NY: Harcourt, Brace and
Company, 1950. 2nd section: p. 61.
Em Português
HENLEY, William Ernest. Invictus. Tradução de Bezerra de
Freitas. In: ALVES, Afonso Telles (Seleção e Notas). Antologia de poetas estrangeiros. São Paulo, SP: Logos, out. 1960.
p. 165. (“Antologia da Literatura Mundial”; v. 8)
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