Um poema que é uma evidente metáfora para as experiências da vida e da
morte, com os seus referentes marciais, a par das imagens das colinas
ensombradas, cujo perfil se delineia contra o brilho do pôr do sol, esvaindo-se
conforme a luz do crepúsculo desaparece.
É a história humana: nossos antepassados viveram as suas lutas e nos
legaram este mundo. E dele haveremos de dar conta aos futuros descendentes da
espécie, para que, pelejando em suas lidas, possam por aqui encontrar ventura e
paz.
J.A.R. – H.C.
Edwin Arlington Robinson
(1869-1935)
The Dark Hills
Dark hills at evening in the west,
Where sunset hovers like a sound
Of golden horns that sang to rest
Old bones of warriors under ground,
Far now from all the bannered ways
Where flash the legions of the sun,
You fade − as if the last of days
Were fading and all wars were done.
Além das Colinas Escuras
(Bob Broadley:
artista inglês)
As Colinas Escuras
Colinas escuras ao
anoitecer a oeste,
Onde o crepúsculo
paira como um som de
Trompas douradas retumbantes
a serenar
Velhos ossos de
guerreiros sob a terra,
Longe agora de todas
as vias embandeiradas
Onde resplendem as
legiões do sol,
Você esmaece – como
se o derradeiro dia se
Esvaísse e todas as
guerras se consumassem.
Referência:
ROBINSON, Edwin Arlington. The dark hills. In: PERRINE, Laurende; REID,
James M. (Eds.). 100 american poems of
the twentieth century. New York, NY: Harcourt, Brace & World Inc.,
1966. p. 22.
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