Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Edwin Arlington Robinson - As Colinas Escuras

Um poema que é uma evidente metáfora para as experiências da vida e da morte, com os seus referentes marciais, a par das imagens das colinas ensombradas, cujo perfil se delineia contra o brilho do pôr do sol, esvaindo-se conforme a luz do crepúsculo desaparece.

É a história humana: nossos antepassados viveram as suas lutas e nos legaram este mundo. E dele haveremos de dar conta aos futuros descendentes da espécie, para que, pelejando em suas lidas, possam por aqui encontrar ventura e paz.

J.A.R. – H.C.

Edwin Arlington Robinson
(1869-1935)

The Dark Hills

Dark hills at evening in the west,
Where sunset hovers like a sound
Of golden horns that sang to rest
Old bones of warriors under ground,
Far now from all the bannered ways
Where flash the legions of the sun,
You fade − as if the last of days
Were fading and all wars were done.

Além das Colinas Escuras
(Bob Broadley: artista inglês)

As Colinas Escuras

Colinas escuras ao anoitecer a oeste,
Onde o crepúsculo paira como um som de
Trompas douradas retumbantes a serenar
Velhos ossos de guerreiros sob a terra,
Longe agora de todas as vias embandeiradas
Onde resplendem as legiões do sol,
Você esmaece – como se o derradeiro dia se
Esvaísse e todas as guerras se consumassem.

Referência:

ROBINSON, Edwin Arlington. The dark hills. In: PERRINE, Laurende; REID, James M. (Eds.). 100 american poems of the twentieth century. New York, NY: Harcourt, Brace & World Inc., 1966. p. 22.

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