Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Lord Byron - Estrofes para a Música

Sempre com toda a delicadeza que lhe é peculiar, Byron tece loas à música, filha da beleza, cuja mágica nenhuma outra lhe ombreia em estatura. A música, sempre ela, capaz de enlear os mais revoltos espíritos.

Compassada ou em ritmo acelerado, o poder da música para despertar a alma pode ser apreciado nas melodias dos mais ilustres compositores: de Beethoven a Tchaikovsky, de Mozart a Chopin. Ali está a conjunção capaz de elevar o homem às mais sublimes alturas!

J.A.R. – H.C.

George Gordon
(Lord Byron: 1788-1824)
Retratado por Richard Westall

There be none of Beauty’s daughters

There be none of Beauty’s daughters  
With a magic like thee;
And like music on the waters    
Is thy sweet voice to me:  
When, as if its sound were causing
The charmed ocean's pausing,  
The waves lie still and gleaming,        
And the lull’d winds seem dreaming:   
 
And the midnight moon is weaving      
Her bright chain o’er the deep,
Whose breast is gently heaving
As an infant's asleep:        
So the spirit bows before thee   
To listen and adore thee; 
With a full but soft emotion,
Like the swell of summer’s ocean.

A Música É Minha Vida
(Alfred Gockel: pintor alemão)

Estrofes para a Música

Não há filha da beleza
     Com mágica como a tua
E, tal música nas águas,
     Tua voz em mim atua:
Quando, com seu som vem motivar
O encantado oceano a vacilar,
As ondas pairam calmas e brilhando
E os ventos em sossego divagando:

E a lua à meia-noite elaborando
     Seu luzente colar sobre a descida;
O seio docemente palpitando
     Como criança adormecida:
Assim o espírito inclinado a ti
A fim de ouvir e adorar a ti
Com plena mas suave comoção,
Como o inflar do oceano do Verão.

Referência:

GORDON, George (Lord Byron). There be none of Beauty's daughters / Estrofes para a música. Tradução de José Lino Grünewald. In: GRÜNEWALD, José Lino (Organização e tradução). Grandes poetas da língua inglesa do século XIX. Edição bilíngue. Rio de Janeiro, RJ: Nova Fronteira, 1988. Em inglês, p. 40; em português, p. 41. (“Poesia de Todos os Tempos”)

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