Recolhi algumas passagens sublimes do
libreto da famosa ópera de Mozart, para abrilhantar este espaço. Afinal, o
músico austríaco, como os próprios excertos sublinham, sendo humano, como um “deus”
meteórico por aqui passou – e em três décadas e meia de vida, deixou-nos um
acervo grandioso com mais de 600 composições.
A uma das maiores, “A Flauta Mágica”,
tive o prazer de assistir na representação encenada no “Palácio das Artes”, em
Belo Horizonte (MG), por volta de 1985, com a soprano paulista Tereza Godoy,
uma voz e um porte bem mais do que dignos para a “Rainha da Noite”, motivo por que, ao
final da Ópera, foi aplaudida de pé, efusivamente, pelo público presente. Certamente,
uma das lembranças mais felizes da minha vida! E encantado fiquei – e para
sempre! – com a música que é capaz de se extrair de uma mágica flauta!
J.A.R. – H.C.
Coro (ao final do Primeiro Ato)
“Quando a virtude e a
justiça
cobrem de glória o
caminho dos grandes,
então a Terra
torna-se um reino celestial
e os mortais
igualam-se aos deuses” (p. 44).
“Wenn Tugend und Gerechtigkeit
Den Großen Pfad mit Ruhm bestreut,
Dann ist die Erd’ ein Himmelreich,
Und Sterbliche den Göttern gleich” (p. 44).
Tamino (para si mesmo no Segundo Ato)
“Um sábio reflete e
não presta atenção
às palavras da plebe
vulgar” (p. 50).
“Ein Weiser prüft und achtet nicht,
Was der gemeine Pöbel spricht” (p. 50).
Os Três Gênios (no Segundo Ato)
“Em breve brilhará,
anunciando a manhã,
o sol em sua órbita
dourada.
Em breve a
superstição desaparecerá,
e vencerá no homem a
sabedoria.
Oh, doce paz, desça
sobre nós,
regresse ao coração
dos homens;
a Terra será, então,
um reino celestial,
e os mortais poderão
igualar-se aos deuses” (p. 67).
“Bald prangt, den Morgen zu verkünden,
Die Sonn’ auf gold’ner Bahn.
Bald soll der Aberglaube schwinden,
Bald siegt der weise Mann.
O holde Ruhe, steig’ hernieder,
Kehr’ in der Menschen Herzen wieder;
Dann ist die Erd’ ein Himmelreich,
Und Sterbliche den Göttern gleich” (p.67).
Referência:
MOZART, Wolfgang Amadeus (1756-1791). A flauta mágica. Tradução de Mariana
Portas. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2011 (Coleção Folha Grandes Óperas; v. 5).
☫
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