Conhecidos os
adversários das semifinais do Mundial 2014 – Brasil x Alemanha e Holanda
x Argentina. As vitórias dessas quatro seleções em seus confrontos
anteriores podem ser consideradas normais, embora a mais tranquila de todas –
ou de outro modo, a de menores riscos para o vencedor –, a meu ver, tenha sido
a da Alemanha contra a França. Por
outro lado, a pior de todas as partidas, sem sombra de dúvidas, foi a da
Argentina contra a Bélgica: um jogo que pode se inscrever entre os cinco mais
fracos da Copa, fortemente impactado pelo calor que fez aqui em Brasília
durante o sábado passado.
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Surpreendente, mesmo,
foi a seleção de Costa Rica, que
conseguiu aguentar o empate contra a Holanda em mais um jogo de 120 minutos, só
então perdendo nos pênaltis, mostrando que já há um nivelamento bem acentuado
no futebol mundial, muito embora, ao final e como se percebe, as quatro
seleções das semifinais estão entre as que, historicamente, sempre entre as
principais.
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Uma nota: Van Gaal mostrou muita convicção ao
substituir o seu goleiro no último minuto da prorrogação contra a Costa Rica. E
deu sorte, pois o substituto conseguiu defender dois pênaltis. Quiçá, todavia,
que o resultado da partida tenha lhe mostrado que futebol não se ganha nada com
palavrório e antecipadamente. Afinal, seria bom que percebesse que a Holanda
iria enfrentar a melhor defesa do Mundial até ali. Moral da história: nada de
gols, embora houvesse perdido muitos e, ao final, fosse favorecida pela
arbitragem, que não assinalou um pênalti em favor de Costa Rica, quando a
prorrogação já se encaminhava para o seu fim.
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Quanto ao jogo da Argentina contra a Bélgica, foi tedioso
do começo ao fim. A seleção azul e branco encontrou o seu gol muito cedo, e ao
perder o jogador Di Maria na metade do primeiro tempo – talvez até nem jogue as
próximas partidas –, passou a “administrar” a partida, sentindo o calor, tanto
quanto a seleção belga, que parecia não ter fôlego para conseguir algo mais.
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No que pertine ao
jogo do Brasil contra a Colômbia, a
seleção nacional fez um bom primeiro tempo, mas como sempre, caiu muito no
segundo, quando a Colômbia poderia ter empatado o jogo, circunstância que, não
fosse o gol oportuno do zagueiro David Luiz, certamente teria ocorrido – e complicado
bastante as coisas para o Brasil: a ausência de constância, toque de bola e de
segurança em seu meio de campo é notória e, agora, com a definitiva saída do
Neymar por lesão, consertar o setor é atribuição das mais difíceis a esta
altura do torneio. A seleção brasileira não tem plano “B”. Veja aqui
os motivos pelos quais afirmo isso. Agora, o que resta é encher o meio de campo
com tantos jogadores quanto seja possível e seja o que Deus quiser contra a
Alemanha.
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Gostaria de tecer breves
considerações sobre o lance do jogador Zuñiga,
numa entrada no craque Neymar. Trata-se, obviamente, de um fato condenável, resultante,
enquanto natural corolário, da orientação da própria Fifa, para que os árbitros
fossem mais comedidos na atribuição de cartões amarelos e vermelhos. Nesse
contexto, temos que observar: o jogador Fernandinho,
do Brasil, lançou mão dos mesmos artifícios antijogo, pois cometeu duas faltas
desclassificantes contra o meia-atacante James Rodriguez, e, tal como no caso
de Zuñiga, sequer foi advertido com cartão amarelo. Avaliação: o árbitro Carlos
Velasco Carballo deveria ser expedido, imediatamente, de volta à Espanha.
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O site Chance de Gol
estima uma probabilidade de 59,0% para o Brasil passar à final, 21,6% para a
Alemanha e 19,4% para o empate. De forma similar, 41,6% de chances para a
Argentina ir à finalíssima, 33,5% para a Holanda e 24,9% para o empate. Isto é:
prevê uma inédita final Brasil x Argentina, para deixar com o coração na mão os
torcedores platinos e verde-amarelos.
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Já o assistente
virtual da Microsoft Cortana prevê que a Alemanha – com pouca margem
probabilística – e a Argentina – com margem bem maior – passarão à final,
repetindo as finais de 86 e 90. Meus palpites são: Brasil 1 x 1 Alemanha, com a
Alemanha passando à final nos pênaltis; e Holanda 1 x 0 Argentina. Em suma:
prevejo uma final similar à de 1974, uma chance de ouro para a Holanda se
vingar da derrota por 2 x 1 para a Alemanha.
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Uma última, para
rirmos um pouco: ficamos sabendo que o árbitro da partida será o mexicano Marco
Rodríguez, o mesmo que não viu a mordida de Luisito Suárez. Resumo: vai valer
tudo. E mais: a Alemanha jogará com a camisa rubronegra. Venceremos: afinal,
não é possível que a seleção brasileira não seja capaz de vencer um time que
está na zona do rebaixamento do Brasileirão 2014 – o Flamengo! E se a torcida do
Cruzeiro resolver ir ao Mineirão, a coisa fica ainda mais fácil: o Urubu está
cansado de perder por lá. A última partida ficou, simplesmente, 3 x 0 (rs).
Vejamos o que
ocorrerá nas duas semifinais...
J.A.R. – H.C.
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