Acaba de ser
conhecido o segundo finalista da Copa do Mundo 2014, a enfrentar a Alemanha no grande jogo do próximo
domingo (13/7/14): é a Argentina,
que passou pela Holanda nos pênaltis, 4 x 2, depois de 0 x 0 nos 120 minutos
jogados. Na terça-feira anterior, a Alemanha já havia sapecado o humilhante 7 x
1 na descaracterizada seleção brasileira, resultado que o Correio Braziliense
adjetivou como “Um Vexame para a Eternidade”.
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O melhor é que,
apesar da humilhação, foram os próprios brasileiros que, mais do que ninguém,
inundaram a internet com “memes” galhofeiros em relação ao time de Felipão.
Contudo, entre manchetes de jornais, postagens de blogs e os referidos “memes”,
o melhor que encontrei – e ri um bocado! –, foi a capa apresentada pelo jornal
carioca – tinha que ser carioca! – Meia
Hora, com o título “Não Vai Ter Capa”, a reescrever a anterior ameaça de “Não
Vai Ter Copa”, com uma pequena nota ao final, que todos podem contemplar na
imagem abaixo, possibilitando a associação a este famoso vídeo de um
hipotético jogo entre o Fluminense e o Barcelona, com miríades de gols para o
time catalão.
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O embate entre Alemanha e Argentina revive as finais consecutivas
de 1986 – com vitória da Argentina de Maradona por 3 x 2 – e de 1990 – com
vitória da Alemanha de Lothar Matthäus por 1 x 0. Logo, a partida do próximo
domingo, no novo Maracanã, será uma disputa que desempatará o histórico.
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E não porque tenha
vencido por 7 x 1 o Brasil, num jogo atípico, mas porque vem apresentando mais
consistência em seu jogo, imagino que, em condições “coeteris paribus”, a seleção europeia vença a partida, seja
nos 90 minutos, ou numa eventualidade, nos 120. Ademais, nota-se certa
fragilidade ofensiva da Argentina, que marcou mais de um gol em apenas dois cotejos
– contra a Bósnia e a Nigéria –, embora, por outro lado, nas duas últimas partidas
tenha conseguido equilibrar a sua defesa, com o preenchimento dos espaços
laterais por jogadores que retornam para marcar.
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Não se sabe, além
disso, se Di Maria terá condições de
jogo para a final, o que seria bastante oportuno para reforçar a seleção
alviceleste, haja vista que as últimas apresentações de Messi tem deixado muito
a desejar, considerando que, provavelmente, esteja sentindo o ritmo em razão do
padrão diferenciado do calendário europeu de futebol.
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Eventual prorrogação na partida derradeira somente à Alemanha seria
de algum modo favorável, pois além de ter jogado sua semifinal no dia anterior – com folga, portanto, de 24 horas adicionais –,
não necessitou de delongas no tempo de jogo para vencer o disparatado time brasileiro,
fato que não ocorreu ontem no jogo entre Holanda x Argentina. Sob tal ótica,
o histórico é francamente desfavorável à seleção sul-americana, senão vejamos:
Copa de 70 => semifinal em que a Itália jogou prorrogação contra a Alemanha
e, na final, perdeu para o Brasil por 4 x 1; Copa de 82 => semifinal em que
a Alemanha pelejou na prorrogação contra a França e, ao final, sucumbiu por 3 x
1 para a Itália; Copa de 98 => semifinal em que o Brasil jogou prorrogação
contra a Holanda e, na final, caiu fragorosamente para a França por 3 x 0; e
Copa das Confederações de 2013 => semifinal em que a Espanha foi à
prorrogação contra a Itália e, na final, perdeu para o Brasil por 3 x 0.
Fazemos uma pequena ressalva para a final da Copa do Mundo de 90: ambos os
finalistas, Argentina e Alemanha, jogaram prorrogação contra os seus
respectivos adversários, Itália e Inglaterra, o que, sob tal aspecto, os nivelou.
P.s.: Fui alertado por um amigo de que, na Copa de 2006, a campeã Itália venceu a França nos pênaltis, depois de 1 x 1 nos 120 minutos, mesmo havendo jogado prorrogação na semifinal contra a Alemanha, quando a venceu por 2 x 0. Tal caso serve de exceção à observação deste ponto e mostra, em grandes linhas, por onde passam as chances de a Argentina conseguir um grande feito.
P.s.: Fui alertado por um amigo de que, na Copa de 2006, a campeã Itália venceu a França nos pênaltis, depois de 1 x 1 nos 120 minutos, mesmo havendo jogado prorrogação na semifinal contra a Alemanha, quando a venceu por 2 x 0. Tal caso serve de exceção à observação deste ponto e mostra, em grandes linhas, por onde passam as chances de a Argentina conseguir um grande feito.
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O site Chance de Gol
estima uma probabilidade de 58,4% para a Alemanha ser campeã e 41,6% para a
Argentina. O Cortana da Microsoft também passou a apontar a Alemanha como provável campeã. E mais, o Brasil com a medalha de bronze. Meu palpite para a
final é 2 x 1 para a Alemanha. Mas qualquer placar, mínimo que seja, para
qualquer dos lados, não será uma aberração.
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Imagino, por fim, que
a Argentina encontrará um adversário a mais no Rio de Janeiro: a numerosa
torcida rubronegra do Flamengo, time
carioca que possuiu uniforme bem parecido com o da Alemanha. Tendo em vista a cizânia
futebolística existente entre os dois principais rivais sul-americanos, é
provável que a maior parte da torcida no Maracanã venha a torcer pela seleção
europeia. Este que vos escreve é bem indiferente ao resultado da contenda. Só
espero que seja um jogo bem jogado, para compensar o tempo que ficarei em
frente à televisão! Vejamos o que ocorrerá nas duas últimas duas partidas desta
Copa do Mundo, que, a meu ver, deixou um pouco a desejar no plano técnico, pela
ausência de brilho de suas principais estrelas.
J.A.R. – H.C.
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