Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Tim DeMay – Soneto nº 4

Tim DeMay aqui retorna, com mais um lindo soneto. Ele, que já esteve nestas paragens, falando de um tema bem tangível – como a Física –, agora se volta a um tema mais próximo à Metafísica.

J.A.R. – H.C.

Sonnet nº 4
(Tim DeMay)

Call me a zealot for my strong beliefs,
I call you coward for your lack of one.
When from this earth our time it is to leave,
You’ll die with nothing deeper than vain “fun”.

Call me close-minded as I know what’s right,
I call you vapid for your lack of thought.
Indeed, some things are truly black and white,
Some issues can’t change into what you want.

Call me a fool for faith in the unseen,
I call you blind for missing blatant truth.
Things aren’t always exactly as they seem,

We don’t live life alone under this blue.
Call me brainwashed by hopes of love and peace,
I say it’s better than the wars we seek.


Soneto nº 4
(Tim DeMay)

Rotula-me como um fanático por minhas fortes crenças,
E eu te chamo um covarde por carecer de uma.
Quando chegar o tempo de partirmos desta terra,
Vais morrer sem nada mais profundo que uma vã “diversão”.

Chama-me um obtuso tanto quanto bem sei que exato seja,
E eu te reputo maçante pela ausência de raciocínio.
De fato, algumas coisas são como o branco e o preto,
Certas questões não podem se transformar no que almejas.

Tem-me por insano em razão de minha fé no invisível,
E eu te imputo cegueira por privar-te da verdade manifesta.
As coisas nem sempre são exatamente o que parecem,

Nós não vivemos a vida sozinhos sob este azul.
Imputa-me um cérebro lavado pelas esperanças de amor e paz,
E eu afirmo que isso é melhor que as guerras nas quais incorremos.

Referência:

DeMAY, Tim. Sonnet nº 4. In: McALISTER, Neil Harding (ed.). New classic poems: contemporary verse that rhymes. Illustrated by Jonathan Day. Ontario, CA: Published by Neil Harding  McAlister, 2005. p. 104.


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