A poetisa Sally Roberts, provavelmente norte-americana, retoma o clima
dos “Contos Extraordinários” de seu conterrâneo, Edgar Allan Poe, para redigir
um poema magnetizante, com vocabulário bem ao gosto do escritor que homenageia:
mistério, horror, melancolia, morbidez, terror, corvos e outras associações são
o condimento para dar sabor a essa ousada iguaria literária. Comprove abaixo,
juntamente com algumas ilustrações do francês Édouard Manet (1832-1883) para o conto
“O Corvo”, de Poe.
J.A.R. – H.C.
The Works of
Poe
(Sally Anne Roberts)
Black and gothic,
expelling ink,
dark phantom brings
from feathered quill,
words of terror.
A telltale heart,
morbid mood swings,
grotesque and shrill.
Ravens knocking,
‘ere go the chimes,
into the night
of bells, bells, bells.
Indigo shades
of rhythmic rhymes,
great depths of fright,
arabesque tales.
Melancholy,
the works of Poe,
great urgent need
by candlelight
expressed his thoughts,
exposed his woe,
for those who read
his tales of night.
As Obras de Poe
(Sally Anne Roberts)
Negro e gótico,
a expelir tinta,
o fantasma soturno suscita
pela caneta de pena,
palavras de terror.
Um coração delator,
mudanças de humor
mórbido,
grotesco e estridente.
Corvos chocam-se,
antes que surjam as
batidas
no meio da noite
de sinos, sinos,
sinos.
Tons índigo
de rítmicas rimas,
ingentes vórtices de
medo,
contos arabescos.
Melancolia,
as obras de Poe,
sob grande e urgente
necessidade
à luz de velas
expressam seus
pensamentos,
expõem o seu
infortúnio,
para aqueles que leem
suas histórias à
noite.
Referência:
ROBERTS, Sally Ann. The works of Poe.
In: McALISTER, Neil Harding (ed.). New
classic poems: contemporary
verse that rhymes. Illustrated by Jonathan Day. Ontario, CA: Published by Neil
Harding McAlister, 2005. p. 54.
Nenhum comentário:
Postar um comentário