Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Dom Quixote (II): Diego Fernández Espiro

Vamos aqui a mais um poema sobre Dom Quixote e suas desventuras, de autoria do poeta argentino Diego Fernández Espiro, que escreveu, sobretudo, sonetos em diários e revistas por quase duas décadas. Pouco mais do que isso se sabe sobre o autor, com limitadas citações na internet ou mesmo em obras literárias, como a que serviu de referência a esta postagem.

J.A.R. – H.C.
Diego Fernández Espiro
(1872-1912)
Busto em Concepción del Uruguay
Entre Ríos - Argentina 

Don Quijote

Encajado en la bélica armadura,
maltenido en menguado Rocinante,
atraviesa la vida el arrogante
paladín de la humana desventura.

Amalgama de genio y de locura,
guerrero, trovador, sabio y amante,
en triunfo va del caballero andante
por todo el mundo la inmortal figura.

Se alzó como un espectro, de la nada,
sobre la noche de su edad sombría,
para abrir con los golpes de su espada

la huella de los siglos venideros,
y a través de los tiempos todavía
prosigue su matanza de carneros. 


 Gravura de Gustave Doré para a
passagem citada por Diego F. Espiro

Dom Quixote

Inserido na bélica armadura,
sustentado no minguado Rocinante,
atravessa a vida o arrogante
paladino da humana desventura.

Amálgama de gênio e de loucura,
guerreiro, trovador, sábio e amante,
em triunfo vai do cavaleiro andante
por todo o mundo a imortal figura.

Guindou-se como um espectro, do nada,
sobre a noite de sua idade sombria,
para abrir com os golpes de sua espada

dos séculos vindouros os carreiros,
e através dos tempos ainda
prossegue sua matança de carneiros.

Referência:

ESPIRO, Diego Fernández. Don Quijote. In:  CAPRILE, Margarita A. et al. El libro de los sonetos: antología poética. Buenos Aires (AR): [s.n.], 1910. p. 78. Disponível neste endereço.

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