Vamos aqui a mais um poema sobre Dom Quixote e suas desventuras, de
autoria do poeta argentino Diego Fernández Espiro, que escreveu, sobretudo,
sonetos em diários e revistas por quase duas décadas. Pouco mais do que isso se
sabe sobre o autor, com limitadas citações na internet ou mesmo em obras
literárias, como a que serviu de referência a esta postagem.
J.A.R. – H.C.
Diego
Fernández Espiro
(1872-1912)
Busto em
Concepción del Uruguay
Entre Ríos -
Argentina
Don Quijote
Encajado en la bélica
armadura,
maltenido en menguado
Rocinante,
atraviesa la vida el
arrogante
paladín de la humana
desventura.
Amalgama de genio y
de locura,
guerrero, trovador,
sabio y amante,
en triunfo va del
caballero andante
por todo el mundo la
inmortal figura.
Se alzó como un
espectro, de la nada,
sobre la noche de su
edad sombría,
para abrir con los
golpes de su espada
la huella de los
siglos venideros,
y a través de los
tiempos todavía
prosigue su matanza
de carneros.
Gravura de Gustave Doré para a
passagem citada por Diego F. Espiro
passagem citada por Diego F. Espiro
Dom Quixote
Inserido na bélica
armadura,
sustentado no
minguado Rocinante,
atravessa a vida o
arrogante
paladino da humana
desventura.
Amálgama de gênio e
de loucura,
guerreiro, trovador,
sábio e amante,
em triunfo vai do
cavaleiro andante
por todo o mundo a
imortal figura.
Guindou-se como um
espectro, do nada,
sobre a noite de sua
idade sombria,
para abrir com os
golpes de sua espada
dos séculos vindouros
os carreiros,
e através dos tempos
ainda
prossegue sua matança
de carneiros.
Referência:
ESPIRO, Diego Fernández. Don Quijote. In: CAPRILE, Margarita A. et al. El libro de los sonetos: antología
poética. Buenos Aires (AR): [s.n.], 1910. p. 78. Disponível neste
endereço.
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