Alusão à Profecia de Isaías
Queimando o véu dos séculos futuros
O vate, aceso em divinais luzeiros,
Assim cantou (e aos ecos pregoeiros
Exultaram, Sião, teus sacros muros):
“O justo descerá dos astros puros
Em deleitosos, cândidos chuveiros,
As feras dormirão com os cordeiros,
Suarão doce mel carvalhos duros;
A virgem será mãe; vós dareis flores,
Brenhas intonsas, em remotos dias;
Porás fim, torva guerra, a teus horrores.”
Não, não sonhou o altíssono Isaías;
Ó Reis, ajoelhai, correi, Pastores!
Eis a prole do Eterno, eis o Messias!
Referência:
LÍRICA de Natal. São Paulo: Refaga, 1963. p. 23.
J.A.R. - H.C.
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