Prezado(a)s amigo(a)s do futebol,
1. Findo o Brasileirão 2013, restam-nos neste final de 2013, apenas, observar o que poderá fazer o Galo Mineiro em sua busca de um título mundial.
2. Obviamente que seus torcedores, tanto quanto este que vos subscreve, estão de cabelo em pé depois da goleada inapelável de 7 x 0 que o Bayern de Munique aplicou no Werder Bremen, no último sábado, pelo campeonato alemão. E olhem que a partida foi fora de seus domínios, oportunidade em que não contou, ademais, com o futebol do holandês Robben, uma das estrelas do elenco.
3. Por estas paragens, tutto è finito, ou para parodiar o evangelista João, consummatum est: dois times cariocas na Segundona do ano que vem – Vasco da Gama e Fluminense; dois times cariocas também na Libertadores – Botafogo e Flamengo. Ou seja: o futebol do Rio a unir o Céu ao Inferno (rs)! Isso, é óbvio, se a Ponte Preta não superar o Lanús, lá na Argentina, pois se o conseguir ficará com a quarta vaga.
4. No caso específico do Fluminense, 46 pontos ao final, talvez tenha sido o time rebaixado com o maior aproveitamento em toda a era de certames nos moldes de pontos corridos. Já ao Vasco da Gama restou a lição, tantas vezes propalada, de que não se deve entrar num campeonato assim sem se arranjar uma defesa consistente. A goleada de ontem, 5 x 1, fê-lo tornar-se a terceira pior zaga, atrás apenas das defesas do Náutico e do Criciúma.
5. Passemos a outras considerações bem mais interessantes. Querem saber de uma bem insólita: o Náutico, lanterninha, conseguiu oito de seus vinte pontos contra Flamengo e Corinthians, de quem não perdeu nem em casa nem fora. No total, 4 x 1 contra cada um deles, decorrentes de um vitória e um empate.
6. Outro aspecto: não me recordo se houve outro campeonato no qual a distância do 9º ao 17º, o primeiro rebaixado, tivesse se limitado a apenas quatro pontos.
7. Contudo, a questão mais contundente que vem à baila depois de se analisar a classificação final é a seguinte: o Corinthians tornou-se a “melhor defesa” mais inútil em termos de potencial para se sustentar entre os primeiros, com 22 gols tomados. Esse total somente não supera o do São Paulo, campeão em 2007, com 19 gols sofridos.
8. Mas também pudera: o ataque do Timão, com 27 tentos, só não foi pior do que o do Timbu, com 22 gols. Exuberante, mesmo, foi a linha de frente do Cruzeiro, que alcançou a média de pouco mais de dois gols por partida, o que representou, praticamente, um tento para cada ponto conquistado no certame. É brincadeira?
9. E ano que vem tem mais! Muitas emoções nos esperam: Libertadores como sempre, Brasileirão e... Copa do Mundo! E o que dizem o(a)s colegas: o Brasil chegará ao título? Joguem aí os seus búzios! Se não der, espero que uma seleção sul-americana vença, nem que seja a dos “hermanos” (rs). Afinal, do que gosto, mesmo, é do futebol muito bem jogado, não importa de quem seja! Só não vale é me postar no sofá para ver uma pelada. Ah, isso não! Desligo a televisão no ato e vou contemplar outras paragens...
10. Aproveito a oportunidade de que este é o 10º parágrafo de minha mensagem, para encerrá-la com chave de ouro, aliás, como faziam os parnasianos em seus poemas. Afinal, 10 é o número do Rei, aquele mesmo que, ao superar as defesas, dava um salto no ar e o esmurrava com todo o apuro (rs):
Que sejamos capazes de superar todos os desafios a que a vida nos expõe. Que o Eterno abrace a nossa causa por um mundo melhor, mais feliz, mais sereno, mais fraterno.
Se houve algo de muito importante que se perdeu na tríade da grande revolução da história, foi exatamente o lema da fraternidade.
E penso que as festas de final de ano, embora limitadas a uma simples temporada, sempre conseguem resgatar muito desse espírito, bem à luz dos enredos de Dickens – é claro –, tudo muito humano, demasiado humano, diria algum filósofo, por fim.
Um grande Natal para todo(a)s. Um Ano Novo pleno de saúde e de realizações.
Bola para frente. Que venha 2014!
Um abração.
J.A.R. – H.C.
Nenhum comentário:
Postar um comentário