O poeta greco-canadense
nos leva a uma oportuna reflexão sobre a questão da adaptabilidade e da aceitação
de nossa condição passadiça e cambiante, sem opor resistências inoportunas ao
fluxo da vida, mas nele se encontrando para empreender, com esperança e serenidade,
em harmonia com os que nos rodeiam, uma jornada feliz até as metas a que nos
propusermos.
Unidade e coerência
com a nossa natureza, numa época de comunhão, acolhida e reconciliação como o
Natal, fazem-nos lembrar de que compartilhamos uma mesma humanidade e um mesmo
desejo de conexão, a despeito de nossas diferenças. E não necessitamos de
grandes gestos ou feitos para expressar e difundir nossa criatividade e alegria!
J.A.R. – H.C.
George Thaniel
(1938-1991)
Feted by silk-blue waters
and cradled in the balmy basket of the air
we hope to attain goals
set by mottoes on sundials.
The world makes us shapely
as a cup makes a statue
of water.
Our toes duplicate reassuringly
our fingers.
If we can’t strike a harp
we can kick off Christmas cards
footpainted.
We can sail with the current.
In: “Snowfall” (1982)
Autoria não
identificada
Com a corrente
Celebrados por águas
de um azul sedoso
e embalados na
refrescante canastra do ar
esperamos alcançar as
metas
fixadas por divisas
em relógios de sol.
O mundo torna-nos bem modelados
tal como uma chávena esculpe
a forma
da água.
Nossos dedos dos pés
duplicam reconfortantemente
os dedos da mão.
Se não podemos tocar
uma harpa
podemos lançar cartões
natalinos
pintados com os pés.
Podemos navegar com a
corrente.
Em: “Nevasca” (1982)
Referência:
THANIEL, George. With
the current. In: __________. Seawave & Snowfall: selected poems
(1960-1982). Toronto, CA: Amaranth Editions, 1984. p. 106.








