WHITE, Edmund. O Flâneur: Um passeio pelos Paradoxos de Paris. Tradução de Reinaldo Moraes. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
Com o conhecimento de quem "flanou" bastante por Paris, uma vez que lá viveu por mais de uma década, White perscruta o universo às margens do Sena, fazendo sobressair em sua prosa um perfil meio "outside" da cidade, como o atrelado à cultura "gay", da qual não se escusa em dizer que toma parte.
Como o aclamado autor de "Um Jovem Americano" e do mais recente "O Homem Casado" - a descrever, neste último, as agruras de um relacionamento homossexual que resulta em contaminação virótica pela Aids e, por via de consequência, na morte nada venturosa de um dos amantes, no distante Marrocos -, não se poderá duvidar da capacidade de o autor americano descrever com fidedignidade desde o histórico por vezes bizarro de suas figuras históricas, de reis a artistas, como Luís XIV e Colette, até a influência cultural da cidade que, em meados da primeira metade do século XX, encontrava-se em seu esplendor, persistindo, desde então, no ideário da humanidade ou, como se diz mais hodiernamente, em nosso inconsciente coletivo.
Obviamente que o livro se presta a uma viagem introdutória pelos renomados recantos do universo parisiense. Por isso, o próprio White não ousa subtrair as necessárias referências ao leitor, quando, ao final de seu opúsculo, menciona obras que são mais contundentes e definitivas em sua pretensão de bem retratar o paraíso idílico parisiense.
Refiro-me, por exemplo, "À Procura dos Tempos Perdidos", de Marcel Proust, trabalho que, em seus sete volumes, contempla todo o universo das mediações gaulesas, constando, por isso mesmo, entre as cem obras referenciais da literatura universal, em seleção de renomados autores em Oslo, a capital do Prêmio Nobel.
(JAR/HC)
Como o aclamado autor de "Um Jovem Americano" e do mais recente "O Homem Casado" - a descrever, neste último, as agruras de um relacionamento homossexual que resulta em contaminação virótica pela Aids e, por via de consequência, na morte nada venturosa de um dos amantes, no distante Marrocos -, não se poderá duvidar da capacidade de o autor americano descrever com fidedignidade desde o histórico por vezes bizarro de suas figuras históricas, de reis a artistas, como Luís XIV e Colette, até a influência cultural da cidade que, em meados da primeira metade do século XX, encontrava-se em seu esplendor, persistindo, desde então, no ideário da humanidade ou, como se diz mais hodiernamente, em nosso inconsciente coletivo.
Obviamente que o livro se presta a uma viagem introdutória pelos renomados recantos do universo parisiense. Por isso, o próprio White não ousa subtrair as necessárias referências ao leitor, quando, ao final de seu opúsculo, menciona obras que são mais contundentes e definitivas em sua pretensão de bem retratar o paraíso idílico parisiense.
Refiro-me, por exemplo, "À Procura dos Tempos Perdidos", de Marcel Proust, trabalho que, em seus sete volumes, contempla todo o universo das mediações gaulesas, constando, por isso mesmo, entre as cem obras referenciais da literatura universal, em seleção de renomados autores em Oslo, a capital do Prêmio Nobel.
(JAR/HC)
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