Chopin, o grande compositor e pianista polônes, pode não ter sido o inventor do noturno - proeza associada ao nome do irlandês John Field -, mas conferiu a essa forma de composição tanta expressividade, que basta escutar apenas um deles para perceber o quanto a modulação meio melancólica das melodias são impressivas o suficiente, de modo a atingir o emocional dos ouvintes, sem quaisquer pieguices. Um dos noturnos que mais admiro é este: Noturno em E menor (Op. 72, nº 1).
Observa-se em Chopin uma forma intimista e quase inusitada de tocar ao piano, muito distinta da de outros grandes compositores. Mozart, por exemplo, compôs miríades de sonatas, além de quase três dezenas de concertos para esse instrumento. Entretanto, há muito mais rendilhado nas obras do austríaco, excesso que parece haver sido moderado em seus últimos trabalhos.
(Mozart à esquerda - Chopin à direita)
Sabe-se que Mozart tornou-se maçon, motivo por que muitos analistas veem a sua ópera "A Flauta Mágica" como um manancial de referências à Ordem. Com efeito, sem pretender defender tese, mas deduzindo apenas pela audição de muitas de suas composições, ousaria afirmar que as obras, coincidentemente ou não, posteriores ao seu ingresso na Maçonaria parecem mais sóbrias (ou seria apenas o reflexo de um autor em plena maturidade, sem as redundâncias juvenis ?).
Deixo aqui um outro "link", para os leitores apreciarem a abertura da ópera "Don Giovanni" - a "Ópera das Óperas" -, sob a regência do incensado maestro Hebert von Karajan:
(JAR/HC)
Gosto desse aqui: http://www.youtube.com/watch?v=YGRO05WcNDk&feature=related
ResponderExcluirE das valsas, esta: http://www.youtube.com/watch?v=zErqUaKj2JU