Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Frei Agostinho da Cruz – As Palhas do Presépio de Belém


As Palhas do Presépio de Belém

Ó venturosas palhas de Belém,
que hoje a Deus menino agasalharam,
como em fogo de amor não se abrasaram
com as divinas chamas que em si têm?

Pastores, que gozaram tanto bem,
como destas palhinhas se apartaram?
Ou como a elas logo não tornaram
por gozar do que os Anjos sempre veem?

Deixai, pastores, já, deixai o gado,
tornai a este cordeiro, que ficou
nas palhas de Belém desamparado.

Que, pois que lá do Céu por nós baixou,
bem é que de vós seja acompanhado
cá nestas palhas frias que aceitou.

Referência:
Salvado, António. Anunciação e Natal na poesia
portuguesa. Lisboa: Polis, 1969. p. 34-35.

J.A.R. – H.C.

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