Os Magos (Excerto V)
Os Magos entraram... viram...
E em joelhos caíram,
cegos da luz;
nos braços da mãe fulgia,
mais que estrela e mais que o dia,
o seu Jesus.
Adoraram ali prostrados,
com os áureos cetros curvados
na adoração,
as coroas frágeis do mundo,
já com respeito profundo,
rojam no chão.
Cada qual dá seu tesouro;
este aqui lhe oferta ouro,
de rei sinal,
aquele na mão tremente
a mirra traz recendente,
como a mortal.
O terceiro, em sobressalto,
ergueu a mente mais alto
e viu os céus;
Viu Cristo, o filho do Imenso,
e a seus pés deitou incenso,
como a um Deus!
Referência:
Salvado, António. Anunciação
e Natal na poesia
portuguesa. Lisboa: Polis, 1969. p. 129-130.
J.A.R. – H.C.
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