Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Separação - Oscar 2012


Abstraindo o uso político, positivo ou negativo, que se possa atribuir ao filme, o fato é que se trata de uma obra como poucas, a provar que para se fazer bom cinema não há necessidade de orçamentos bilionários como os de Hollywood. E com relação ao enredo, tudo ali está: os diferenciais de classe – duas famílias, evidentemente, com níveis de renda bastante distintos –; tratamentos não igualitários para homens e mulheres; institutos de guarda familiar e da seara penal muito bem caracterizados; e, para fechar, um exemplar daquilo que algumas feministas denominam por “ética do cuidado”, só que mediante um caso que não convergiria para dar sustentação aos seus argumentos: a de um filho que, compreendendo a situação de incapacidade físico-mental do pai, não o abandona!

Alem disso, o filme revela algo que se deveria averiguar com mais atenção: a relação que se dá, no âmbito da questão jurídica, é direta, entre o pretendente, autor ou réu, com o juiz da causa. Isto é: não se veem advogados! Para pensar: isso de fato ocorre na sociedade iraniana?

Seja como for, a película é digna do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro que recebeu em 2012!


J.A.R. - H.C.

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