Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

terça-feira, 15 de maio de 2012

De Cérebros, Advogados, Vitórias e Verdades

Abaixo, um excerto do livro The moral animal, do neurobiólogo americano Robert Wright. A associação do cérebro com as atividades de um advogado não é sem intenção: subrepticiamente coloca-se em dúvida a honestidade dos rábulas (rs)!

“The proposition here is that the human brain is, in large part, a machine for winning arguments, a machine for convincing others that its owner is in the right – and thus a machine for convincing its owner of the same thing. The brain is like a good lawyer: given any set of interests to defend, it sets about convincing the world of their moral and logical worth, regardless of whether they in fact have any of either. Like a lawyer, the human brain wants victory, not truth; and, like a lawyer, it is sometimes more admirable for skill than for virtue” (WRIGHT, 1994, p. 280).

“[...] O cérebro humano é, em grande parte, uma máquina para vencer discussões, uma máquina para convencer os outros de que o seu dono está correto - e, portanto, uma máquina para convencer o próprio dono de semelhante pretensão. O cérebro é como um bom advogado: dado um conjunto qualquer de interesses a defender, ele se põe a convencer o mundo de sua correção lógica e moral, ainda que, de fato, nenhuma das duas possam estar presentes. Como um advogado, o cérebro humano quer vitória, não verdade; e, como um advogado, ele às vezes é mais admirável por sua habilidade do que por sua virtude” (WRIGHT, 1994, p. 280).

WRIGHT, Robert. The moral animal: why we are the way we are. New York, NY: Vintage, 1994.

H.C. - J.A.R.

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