Aqui entro num terreno extremamente delicado. Qualquer argumento que se possa considerar será por força não mais do que intuitivo e aproximativo. Será inevitavelmente pessoal e composto de um mosaico de fragmentos narrativos e de impressões. Haverá uma “judeidade” que não seja uma contingência relativa às circunstâncias históricas e ao meio social, resultando de reflexos de comportamento ou do registro de tradições em grande parte mitológicas? Haverá qualquer coisa de mais profundo? Esta pergunta, que é também a do antissemita, não se limita a suscitar um certo mal-estar no debate. É possível que, em última análise, seja irrespondível.
Tanto quanto é possível demonstrar, só uma outra grande comunidade, a dos chineses, continua, a despeito das transformações e contribuições da história, a falar a língua das suas origens conhecidas. Uma língua-nascente. O hebraico constitui o eixo e o tecido vital do judaísmo ao longo de milênios. Sentimo-nos tentados a equacionar a sobrevivência do judeu com a do hebraico, sobrevivência reiterada pelo renascimento da língua em Israel. O gênio da língua alimenta e encarna as relações do judeu consigo próprio, com os judeus seus companheiros, mas fundamentalmente com Deus. A definição grega clássica dos seres humanos como “animais de linguagem” (zoon phonanta) é a antítese do judaísmo. Separa Atenas de Jerusalém. É a palavra que, na concepção judaica, torna as mulheres e os homens ontologicamente únicos, que os distingue do reino animal. É o dom insondável da linguagem feito a Adão que torna possíveis, que torna forçosas a consciência e a resposta diante de Deus. É o diálogo com uma divindade presente ou ausente, e sem que o “diálogo” garanta a resposta, que determina a história, a identidade herdada do judeu. “Ouve-me, Deus”. “Escuta-me, Israel”. O caso decisivo é o vocativo. Mas muito mais do que num sentido gramatical. O hebraico é um chamamento de Deus, uma injunção de Deus, uma interpelação dirigida a Deus. O mandamento e a prece são inseparáveis de um imperativo da comunicação. Por vezes, o hebraico quase cede sob a pressão de um chamamento incessante: “Esgoto-me a gritar: a minha garganta está seca” (Salmos 69, 3). Mas, inextinguivelmente, a voz irrompe, incendeia-se de novo: “Ouve a minha voz, ó Deus” (Salmos 64, 1). De gratidão, de júbilo, de temor. Mas também de lamentação, de desconcerto, de recriminação. Que outro povo se encolerizou assim com o seu deus? “É bem feito que te zangues?”, pergunta Deus a Jonas no que interpretamos como uma inflexão de ironia branda. O “apelo”, no sentido em que é usado em Job num duelo com Deus, é um caso sem paralelo na literatura mundial. O mesmo se diga da titânica falta de a-propósito da réplica de Deus. Que é tudo menos uma resposta: “Será pela tua sabedoria que o falcão levanta voo e bate as asas para Sul?” (Job 39, 26). Como se Deus revelasse na Sua própria retórica incomparável, o Seu virtuosismo da metáfora. (Quer ser humano mortal terá composto estes capítulos, tendo ido a seguir almoçar?) Se o hebraico fosse alvo de extinção, como aconteceu com milhares de outras línguas não menos dotadas de recursos nem menos eloquentes, se o silêncio se tivesse interposto entre Deus e os judeus, o próprio judaísmo teria acabado. A Shoah feriu o judaísmo até às fronteiras de cinzas do silêncio. Mas a língua manteve-se. Numa inversão de abismo, era agora o judeu quem rezava não a Deus, mas por ele. É o que nos diz Paul Celan no seu Salmo:
Gelobt seist du, Niemand.
Dir zulieb wollen
wir blühn.
Dir entgegen.
(Louvado sejas, Ninguém.
Por amor de ti queremos
florir.
Em direção a ti*).
* Cf. Paul Celan, Sete Rosas Mais Tarde – Antologia Poética, seleção, tradução e introdução de João Barrento e Y. K. Centeno, Lisboa, Cotovia, 2.a edição, 1996 (N. do T.).
Também num registro mais ligeiro, o judaísmo continua a ser uma conversa com Deus. “Porque se deu o Todo-Poderoso ao trabalho de criar os homens?”, pergunta o hassid: “Para que eles possam contar-Lhe histórias”.
Até mesmo os judeus que não conhecem o hebraico – condição que está, segundo suspeito, na origem de uma dúvida recorrente acerca de si próprios – dão provas de uma imersão particular na linguagem e nas línguas. É algo mais do que o exílio e do que a necessidade de aquisição da língua dos estrangeiros, aquilo que está em causa nos dotes linguísticos do judeu. Na sua capacidade de transformarem a tribulação de Babel em colheita. Há até mesmo entre os judeus agnósticos e secularizados, entre os porta-vozes judeus da modernidade, uma intuição de que a identidade é discurso, um discurso cuja sanção última é a da voz articulada que sai da Sarça Ardente e do sopro do vento. O ator judeu, o empresário judeu da comunicação de massa e dos media, o linguista judeu – de Roman Jakobson e Walter Benjamin a Noam Chomsky e à negação à maneira de Derrida – está ligado, como que pelos raios de uma grande roda, à centralidade da palavra. Testemunha o papel axial do ato de linguagem, e um pacto entre o ser e o sentido. Apesar do seu gênio escriturário, apesar da sua soberania generativa sobre outros gêneros, poéticos, narrativos, visionários, legislativos – soberania nunca superada e sem a qual é difícil concebermos a existência das literaturas ocidentais –, a Bíblia hebraica é o registro, sem dúvida redutor, de uma forma de vida oral. Codifica, com maiores ou menores economia e generalidade, um registro, uma recolha de discurso direto. A agonia e a prece, a celebração e a lamentação, o mandamento e a revolta são falados. Ouvimos, precisamente porque o hebraico encarna o prodígio e o fardo do ouvido, essas letras de fogo ditadas a Moisés no Monte do Sinai, essas palavras de retaliação que ardem nas paredes do palácio de Nabucodonosor. E o sionismo, por seu turno, está gravado na sintaxe do verbo hebraico. Gramatical e metafisicamente, o hebraico não dissocia passado, presente e futuro. A flexão do futuro pertence ao presente. É esta a verdadeira literalidade e o verdadeiro paradoxo do messiânico. Dispersa, quase arrancada pelas raízes, a língua hebraica nunca deixou de proclamar um regresso ferozmente inverossímil ao seu chão natal. Tornou manifestos os meios formais e existenciais de um renascer. Hoje, os romancistas e poetas de Israel são os contemporâneos e os herdeiros transformadores do salmista e do profeta. “Para o próximo ano em Jerusalém” é agora. De que outras línguas, de que outras nações podemos dizê-lo?
O fato surpreendente é o seguinte: chamados ao ser pela voz, sustentados por um ininterrupto comércio de palavras com o seu Deus, os judeus tornaram-se “o povo do Livro”. Este estereótipo é extraordinariamente significativo. Define uma autenticidade duradoura. A dependência da textualidade caracterizou e continua a caracterizar a prática e a sensibilidade do judeu. A tabuinha, o rolo, o manuscrito e a página impressa tornaram-se a terra natal e a festa móvel do judaísmo. Arrancado ao solo natal da sua oralidade, ao santuário da interpelação direta, o judeu fez da palavra escrita o seu passaporte ao longo de séculos de deslocações e de exílio. Ela serviu-lhe de refúgio e de morada indestrutível. Daí a sentença formulada por alguns rabis e segundo a qual a leitura diária da Torah é mais importante do que o amor de Deus, uma vez que engloba esse amor. Além disso, é nela que se inscreve, termo eloquente, a sobrevivência efetiva dos judeus. Clandestinamente, o ensino da Torah prolongou-se até ao limiar imediato da extinção nos campos de morte. Necessariamente, esta imersão no escrito engendra um comentário interminável e o comentário do comentário, como se as margens e o fundo da página fossem o mundo. Os padres da Igreja, os Escolásticos, imitarão esta linha de montagem da elucidação secundária. Mas nem o cristianismo nem o islão podem competir com a densidade, as torções e os engenhosos trabalhos de filigrana da exegese do Talmude e da hermenêutica no terceiro grau que ele engendra. Como diz o Qohelet, no judaísmo não tem fim o fazer de livros e de livros sobre os livros. Ou como esse político ilustrado que é Richard Crossman me disse no final de um debate: “um judeu é aquele que lê agarrado a um lápis porque tenciona escrever um livro melhor”. Mais ainda do que o “sofrimento”, foram a textualidade e o livro que compuseram “a insígnia da tribo”.
A saturação produzida pelo comentário, por textos que parasitam formulações anteriores, pode, indiscutivelmente, ser um factor que inibe a criação autônoma. Nada é mais judeu do que o projeto de Walter Benjamin de um livro composto exclusivamente de citações. O judeu é um analista, expõe, poderá ser quando muito um crítico, mas não é um criador, decidiu Wittgenstein num impulso irritado de autodepreciação. Houve entre os judeus e os escritores de origem judaica poetas inspirados. Yehudah Samuel Ben Halevi é só um nome entre a constelação de poetas judeus da Espanha medieval. E podemos pensar, depois, em Heine, em Mandelstam, em Pasternak, ou Paul Celan. Os mestres judeus da arte narrativa estiveram perto de dominar a ficção americana dos finais do século xx. Há judeus dramaturgos como Arthur Miller e Harold Pinter. Israel produz hoje poesia e prosa de primeira ordem. Não deixa de ser interessante notar que entre os clássicos se incluem alguns semijudeus: Montaigne, Proust. Haverá escritor maior do que Franz Kafka?
No entanto, em termos gerais, a questão tem razão de ser. Talvez não seja necessário procurar uma explicação muito longe. A prodigalidade da realização, o fôlego inventivo da Bíblia Hebraica são de tal ordem, que a narrativa ou as formas dramática e poética posteriores parecem relevar da quase impertinência ou, no melhor dos casos, do ato gratuito. Que autor deste mundo está em condições de rivalizar – para já não falarmos de superar – com a construção do Gênesis, com a inspiração épica de Samuel e dos Reis, com a eloquência de Jeremias, com a musicalidade erótica do Cântico de Salomão ou com o pathos altivo dos Salmos? O que é que em qualquer literatura, incluindo o Gilgamesh e Homero, vai mais longe do que a lamentação de David por Jônatas ou a predição alucinatória da destruição de Jerusalém no livro dos Profetas? Que texto sobre a morte, como se tem muitas vezes perguntado, não empalidece, não é superado nos termos do ideal que se propôs ser, quando comparado com o Salmo 23 ou com a litania das estações do ano no Eclesiastes? Mas a questão decisiva talvez seja mais profunda. Lidos como sendo de inspiração divina, como ecoando, embora de modos para nós ocultos, a voz real de Deus, estes textos enunciam verdades que tornam fictícia toda a escrita literária, que a reduzem à condição de belles lettres. O que introduz em todos os restantes contos, poemas, romances uma espécie de falsidade orgânica e de oportunismo contingente. São o seu confronto implacável com esta possibilidade e a sua capacidade de a transformar em parábolas, que se aproximam da polissemia inesgotável dos seus antecedentes escriturários e talmúdicos, que tornam Kafka incomparável. A “Parábola da Lei” no Processo talvez seja a única verdadeira adenda da literatura secular à Torah (e foi lida como tal nalgumas sinagogas liberais). Em contrapartida, a propensão do judaísmo para o texto produziu obras magistrais de prosa histórica, filosófica, sociológica e científica. Que argumentos filosóficos não parecem presunçosos e um tanto desordenados quando comparados com Espinosa ou, na realidade, com Wittgenstein? Freud e Gershom Scholem situam-se a par dos mais destacados artífices da língua alemã. O caso do marxismo e do socialismo marxista é ainda mais impressionante. Não houve doutrina e programa político-sociais mais presos ao livro, mais talmúdicos, ao nível das estratégias de argumentação. O marxismo cita incessantemente. Os seus debates, muitas vezes literalmente homicidas, sobre a interpretação correta de Hegel, dos pais fundadores, de Lenine, mimam rigorosamente o odium filológico, o rancor ad hominem das controvérsias rabínicas. Trotski foi um publicista brilhante; o próprio Estaline se sentiu obrigado a produzir uma monografia erudita (de modo nenhum desinteressante). A psicologia, o pensamento social, a antropologia social atuais – consideremos a estatura literária de Claude Lévi-Strauss – têm uma dívida de todos os momentos para com as feições imediatamente textuais da tradição judaica, para com o seu apetite instintivo de clareza normativa. Como um político austríaco que odiava os judeus chegou a dizer: “A erudição é simplesmente aquilo que um judeu copia de outro”. Quando se queimam livros, é uma fibra vital do judaísmo que se consome. Assim, entra em jogo na desconstrução, cujos acrobatas são tão frequentemente judeus, uma lógica da revolta. A desconstrução é uma tentativa (que a psicanálise dirá edipiana) de derrubar o peso canônico do texto, de emancipar o sentido da auctoritas patriarcal. “Aqui nós não citamos”, disparou um agitador derridasiano durante uma lição minha, em 1968. Ou como um palhaço (bem dotado) afirmou: “A própria linguagem é fascista”. Para o judeu, a textualidade foi ao mesmo tempo sobrevivência e servidão, libertação e constrangimento. A ambiguidade comparece desde o início. Que sentença poderia ser mais obsediante e presciente do que a do Qohelet 11, 4: “Quem observa o vento, não semeia”?
Este modo de habitar a palavra escrita estará associado à considerável, e alguns dirão excepcional, contribuição que os judeus fizeram para a vida do espírito, tanto nos domínios das humanidades como nos das ciências? Explicará a opinião muito difundida – que se exprime quer em termos de sarcasmo e inveja, quer de admiração – segundo a qual os judeus são “mais perspicazes”, “mais cerebrais”, “mais inteligentes” do que os gentios seus vizinhos? Se há alguma matéria verificável que confira substância a estas ideias, continua a ser difícil de avaliar. Há judeus estúpidos. Há judeus subinstruídos, embora poucos. Há judias e judeus inocentes de qualquer paixão intelectual ou aspiração cultural. Todavia, é verossímil que as energias intelectuais dos judeus sejam maiores do que o asseguraria uma distribuição estocástica ou a probabilidade estatística. A proporção de judeus laureados com o Nobel nas áreas da medicina e das ciências naturais, bem como nas da economia, é muito superior à que seria normal. Os judeus quase dominaram certos ramos das matemáticas e da lógica matemática. A par de um punhado de exceções notáveis, têm o monopólio dos níveis superiores do xadrez. Estão por toda a parte presentes e em lugares destacados na interpretação musical. Darwin é o grande “elemento estranho” no pequeno grupo dos pensadores que moldaram a modernidade e que, como Marx, Freud e Einstein definiram o “clima” da consciência europeia (a expressão é de Auden). Numa ordem subalterna, o papei dos judeus nos media, no mundo da diversão, em todos os sectores das finanças internacionais, foi prodigioso. Na realidade, a metrópole do dinamismo cultural e financeiro, a polis sortílega que é Nova Iorque, com Woody Allen por seu bardo, é também a capital do judaísmo. Estes resultados e estas posições destacadas desafiaram a opressão política, a discriminação social e o massacre direto. Apesar de gerações de ódio aos judeus e de relegação, do Império Russo à União Soviética, os judeus continuaram obstinadamente a produzir obras de primeira grandeza na ciência, na música e na literatura russas. Intervém aqui a operação de uma força primordial.
Qualquer tentativa de diagnóstico desemboca imediata e inevitavelmente na discussão sobre os papéis causais respectivamente desempenhados pelo equipamento genético, o legado cultural e o meio social e histórico. Sendo-lhes vedadas outras ambições mais comuns, políticas, militares ou, durante um longo período, também universitárias (só depois da Segunda Guerra Mundial desapareceram as quotas estritas que doseavam nos Estados Unidos o acesso de judeus ao ensino superior e às escolas médicas), os judeus eram impelidos refugiar-se num mundo interior próprio. A memorização, a disciplina das técnicas de análise, a cultura de uma dialética abstrata e simbólica, tornaram-se instrumentos privilegiados de comunicação da experiência no âmbito do bairro judeu e das suas casas de oração. Concentrava-se assim uma atividade cerebral implosiva em espaços sociais confinados e pragmáticos. O café da Europa Central é o herdeiro secular da Schul. Com o advento da emancipação, sempre relutante e condicionada, a força contida dos recursos intelectuais assim exercitados irrompeu no exterior. A veneração endereçada ao mestre talmúdico, ao erudito do shtetel, a continuidade ininterrupta do ensino, litúrgico e secular, no seio da família – que outro credo abençoa formalmente a família que conta com um sábio entre os seus filhos? –, passaram a investir os meios da intelligentsia. E a alimentar as instituições acadêmicas, os centros de ensino livre e gratuito, os laboratórios das sociedades abertas. Uma impaciência prolongadamente refreada dava agora os seus frutos. De paramos em Heine com um testemunho incisivo deste movimento.
Tal é a hipótese razoável, “politicamente correta”. Mas será inteiramente satisfatória?
No momento atual, a discussão do problema pende claramente para o lado genético. A análise identificou a recorrência de traços e competências altamente específicas entre gerações temporalmente distantes. A medicina, a biologia social, a etnografia põem a descoberto um número crescente de situações em que os genes parecem sobrepor-se ao meio ambiente. Como já assinalei, a simples ideia de uma herança genética mantida ao longo do tempo e apesar das miscigenações é fortemente especulativa, e até mesmo suspeita. Todavia, estamos diante de uma comunidade que viveu em condições de apartheid bastante caracterizadas, ao mesmo tempo que se esforçava por excluir a exogamia. Pode, por conseguinte, ser arbitrário negar inteiramente a possibilidade de um certo grau de hereditariedade genética, não conceber que possa existir nalgumas linhagens da excelência judaica, mas também em certos traços de mediocridade e abstenção dos judeus, uma componente biogenética. No final da sua vida, Freud foi um lamarckiano convicto, embora o dissimulasse de certo modo. Hoje, o paradigma de Lamarck tornou-se claramente inaceitável. Não pode invocar-se em seu favor qualquer mecanismo genético. Mas continua a ser muito, aquilo que não sabemos. A sugestão da existência de caracteres adquiridos continua a rondar, como um fantasma irônico, no limiar da respeitabilidade científica e do bom senso liberal. Não poderemos temperar a nossa arrogância ai imitindo que sabemos pouco acerca das interações generativas entre o inato e o adquirido e que talvez venhamos a ser confrontados, nesse domínio, com surpresas “iliberais”? Alta noite, durante os anos adversos, saí discretamente do meu hotel de Kiev para a rua. Um homem aproximou-se de mim e perguntou-me num ídiche deficiente: “Você é judeu, não é verdade?” Perguntei-lhe como o sabia ele. “Mas vê-se logo, é evidente. Pela sua maneira de andar”. Como alguém, penso eu, com dois mil anos de perseguições atrás de si.
[Continua aqui: http://blogdocastorp.blogspot.com.br/2012/05/condicao-de-ser-judeu-parte-iii.html]
H.C./ J.A.R.
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H.C./ J.A.R.
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