Haroldo: "É um direito permanecer na ignorância?"
Calvin: "Não sei, mas recuso-me a descobrir"
Abstraindo a ironia que há por trás das palavras de Calvin, é bastante triste ver pessoas que, pela pouca instrução, não são capazes sequer de se manterem saudáveis ou mesmo sustentarem-se vivas, no pleno sentido da palavra.
Muitos dos casos ocorrem por pura falta de oportunidades. Outros tantos, por uma escolha individual que, no médio ou longo prazos, acarreta ônus a terceiros que não foram chamados à consulta sobre a decisão então tomada - ou, mais extensamente, a toda a sociedade.
Relembro o exemplo levantado por Dworkin, famoso jurista americano, sobre irmãos que tiveram a mesma educação formal - pontos de partida similares na luta pela vida, sob a percepção rawlsiana -, sendo que um decide instruir-se mais a fundo para tornar-se empresário e independente financeiramente, enquanto o outro prefere usufruir a vida em estágio natural, com hábitos simples, tal como os de um pescador.
Se a decisão do segundo irmão tiver sido, como se espera, autônoma, poderia ele postular direitos à sociedade, se consequências adversas lhe sobrevierem como resultado de sua própria escolha? Dificilmente, não?
Não obstante, a pergunta de Haroldo não pode ficar sem resposta! Evasivas como a de Calvin precisam ser confrontadas à necessidade de se instruir o ser humano, qualquer que seja ele, para ganhar estatura de um ente autônomo, crítico de sua própria condição, e não mera massa de manobra a ser "usada" politicamente para interesses escusos.
Não se faz um país sem educação de qualidade, Calvin!
Relembro o exemplo levantado por Dworkin, famoso jurista americano, sobre irmãos que tiveram a mesma educação formal - pontos de partida similares na luta pela vida, sob a percepção rawlsiana -, sendo que um decide instruir-se mais a fundo para tornar-se empresário e independente financeiramente, enquanto o outro prefere usufruir a vida em estágio natural, com hábitos simples, tal como os de um pescador.
Se a decisão do segundo irmão tiver sido, como se espera, autônoma, poderia ele postular direitos à sociedade, se consequências adversas lhe sobrevierem como resultado de sua própria escolha? Dificilmente, não?
Não obstante, a pergunta de Haroldo não pode ficar sem resposta! Evasivas como a de Calvin precisam ser confrontadas à necessidade de se instruir o ser humano, qualquer que seja ele, para ganhar estatura de um ente autônomo, crítico de sua própria condição, e não mera massa de manobra a ser "usada" politicamente para interesses escusos.
Não se faz um país sem educação de qualidade, Calvin!
J.A.R./H.C.
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